Oz – Mágico e Poderoso

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

Decepciona o novo trabalho de Sam Raimi (que dirigiu três episódios de Homem-Aranha). Estão lá efeitos visuais de encher os olhos, bom uso do 3D e elenco de primeira linha. Acontece que, além de uma direção de arte de gosto duvidoso, os atores são mal dirigidos e trazem à tona apenas a canastrice — a começar pelo protagonista, James Franco, se esforçando para ser Johnny Depp, mas com uma atuação que reforça sua falta de talento para o humor. A história da aventura de fantasia mostra as origens de O Mágico de Oz, livro de L. Frank Baum (1856–1919) que se transformou em um dos maiores clássicos do cinema em 1939. No início do século XX, Oscar Diggs (Franco) trabalha num circo itinerante fazendo truques de magia. Ao fugir num balão, entra no olho de um furacão em Kansas e vai parar no maravilhoso mundo de Oz. Lá, conhece Theodora (Mila Kunis) e o impasse vivido por sua família depois da morte do pai. As bruxas Theodora e Evanora (Rachel Weisz) acreditam que a irmã delas, Glinda (Michelle Williams), só quer fazer o mal. Detalhe: apenas um mágico seria capaz de derrotá-la. Um roteiro insosso e sem surpresas passeia pelo universo infantil, embora o filme traga alguns personagens assustadores que podem intimidar os menorzinhos. Entre os pontos positivos, há uma belíssima abertura, a deslumbrante sequência da chegada em Oz e a boneca de porcelana, uma carismática e comovente personagem digital. Estreou em 08/03/2013.