Que Viva Eisenstein! – 10 Dias que Abalaram o México
- Direção: Peter Greenaway
- Duração: 105 minutos
- Recomendação: 18 anos
- País: Holanda/ França/Bélgica/Finlândia
- Ano: 2015
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Em 1931, o russo Sergei Eisenstein (papel de Elmer Bäck) chegou a Guanajuato, no México, depois de virar uma celebridade cinematográfica por causa de seus três filmes, A Greve, O Encouraçado Potemkin e Outubro. Patrocinado por comunistas americanos, encantados com seu talento, o diretor desembarcou para filmar Que Viva México!. A partir daí, o cineasta Peter Greenaway imaginou como teria sido sua estada na comédia Que Viva Eisenstein! — 10 Dias que Abalaram o México. Visto como um adulto mimado, egocêntrico e dado a extravagâncias, Eisenstein (1898-1948) se aproximou além da conta de seu guia local, Palomino Cañedo (Luis Alberti), um homem casado e pai de família que, percebendo a fragilidade afetiva do visitante, o seduziu. Vanguardista, Greenaway mistura registros reais numa trama de montagem ágil e sequências sexualmente pesadas. Trata-se de um trabalho autoral, transgressor, debochado e sem a intenção de ser legitimamente biográfico e, por tudo isso, causou sério desconforto na Rússia. Estreou em 21/1/2016.