Um Santo Vizinho
- Direção: Theodore Melfi
- Duração: 102 minutos
- Recomendação: 12 anos
- País: EUA
- Ano: 2014
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Tramas com amizades improváveis são comuns no cinema, assim como protagonistas rabugentos. Por mais que a história de Um Santo Vizinho tenha algo de déjà-vu, o diretor e roteirista Theodore Melfi , em seu primeiro longa-metragem, contorna qualquer sinal de previsibilidade. Com um pé nas costas, Bill Murray interpreta Vincent, um senhor mal-humorado do Brooklyn, em Nova York, sinônimo de transgressão e também de transparência. Ele transa com uma prostituta russa (Naomi Watts), bebe e fuma além da conta e seu passatempo predileto é fazer apostas em cavalos. Sem grana, grosseirão e sem nenhuma papa na língua, Vincent, por ajuda do destino, se oferece para ser babá de Oliver (Jaeden Lieberher), um menino franzino cuja mãe, a enfermeira Maggie (Melissa McCarthy), abandonou o marido infiel. A partir daí, Vincent, um veterano da Guerra do Vietnã, e o vizinho Oliver tornam-se quase inseparáveis. O adulto aprende com o moleque a amolecer o coração e o menino ganha um pai (ou avô) postiço que o ensina a enfrentar a seriedade do dia a dia. Há algo, sim, de sentimental (mas não menos comovente) no desfecho, mas o politicamente incorreto domina a comédia sem fazer muitas concessões. Vincent continua um tipo incorrigível. Melhor assim. Estreou em 19/2/2015.