Caixa Cultural tem exposições sobre a construção da memória
Nas exposições em cartaz, a história do Brasil, bem como a forma como vemos suas paisagens e monumentos, são atualizadas

A Caixa Cultural aborda a construção da memória histórica em duas exposições. No primeiro andar, a mostra Práticas do Arquivo Morto — Notas, da paraibana Íris Helena, pontua essa questão de forma original ao utilizar suportes curiosos. Em uma foto da série Lembretes (acima; 2019), uma paisagem aparece como a soma de fragmentos impressos em Post-it. Na fotoinstalação Grifos, imagens de monumentos ao redor do globo, como a Torre Eiffel, em Paris, ganham corpo em marcadores de página coloridos de papel. Não importa se originalmente feitos de bronze, concreto ou ferro, os símbolos ali perdem a pompa. No 2o piso está a coletiva Minha Terra Tem Palmeiras, que atualiza os versos de Canção do Exílio, de Gonçalves Dias (1823-1864). A despeito da calmaria sugerida das palmeiras, a recifense Virginia de Medeiros apresenta a inquietante Alexandre (2013). Trata-se da fotopintura e depoimento de um homem de 35 anos que se viciou em bebida alcoólica após uma desilusão amorosa. Caixa Cultural. Praça da Sé, 111, Sé, ☎ 3321-4400. Terça a domingo, 9h às 19h. Grátis. Até 19 de janeiro de 2020.