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O adeus de Ailton Manuel da Silva, garçom ícone do Genial

O célebre garçom do bar na Vila Madalena anuncia que está de mudança para Ilhabela

Por Marcelo Cobra
Atualizado em 5 dez 2016, 15h47 - Publicado em 24 jul 2013, 19h29

Alguns bares de São Paulo seduzem a clientela com características que fogem ao cardápio. Uma vista atraente, um ambiente aconchegante ou a camaradagem de um funcionário, por exemplo, estão entre os itens que ajudam uma casa a se manter no auge.

Prova disso é o Genial, na Vila Madalena, e o célebre garçom Ailton Manuel da Silva. Assim como Juvenal Martins, ícone do Riviera Bar, que por lá bateu ponto durante 30 anos, e Luiz de Oliveira, há 51 anos no Bar Léo, esse pernambucano de Panelas de Miranda atraía a clientela a esse endereço-irmão do Filial e do Genésio. Atraía, assim mesmo, no passado, já que, com 45 anos e dois filhos, ele está de mudança com a família para Ilhabela, no Litoral Norte. “Quero criar as crianças com tranquilidade”, revela.

Em entrevista, ele fala sobre sua trajetória profissional e reforça que o atendimento de qualidade é essencial para que um negócio tenha sucesso.

Por que decidiu deixar São Paulo? Tenho dois irmãos que moram em Ilhabela e pintou a oportunidade de trabalhar lá. Começo em novembro no Bar SP,  na Rua do Meio. Tenho dois filhos pequenos e quero criá-los com tranquilidade. Adoro São Paulo, mas estou em busca de qualidade de vida.

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Como você conheceu o Helton Altman, proprietário do Genial? Coincidentemente, em Ilhabela. No início de  2000, estava trabalhando num hotel e num bar por lá, e o Helton estava produzindo um festival de música no litoral norte. Nos conhecemos à noite, no bar. Ele gostou da maneira como eu o atendi e fez o convite para que viesse trabalhar em sua nova casa, em São Paulo.

Nesses anos todos em São Paulo você se tornou um ícone do Genial e um dos garçons mais conhecidos da cidade. A que atribui a fama? Gosto de tratar as pessoas com muita atenção e carinho. Quem quer que seja. Tenho isso como filosofia de vida. Procuro fazer o cliente se sentir visto por mim. Acho que daí veio o reconhecimento.

Se fosse abrir um bar, como seria? Ia abrir um lugar que funcionasse das 22h às 6h. Apesar de São Paulo ter a fama de nunca parar, as coisas aqui param, sim, e tem muita gente que fica sem ter para onde ir nesse horário. Ia priorizar também o bom atendimento, que é fundamental para que qualquer estabelecimento vá para frente.

Qual é seu petisco preferido do Genial? Gosto de dois: a tigelinha de bacalhau e o grelhado de frutos do mar, com camarão, polvo e lula.

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