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Andrea Matarazzo cogita abandonar prévias do PSDB

Candidato tucano chama disputa de "farsa" e afirma que partido repete em São Paulo o que o PT faz em Brasília

Por Sérgio Quintella
Atualizado em 5 dez 2016, 11h34 - Publicado em 17 mar 2016, 14h04
Andrea Matarazzo
Andrea Matarazzo (Marcos Bezerra / Futura Press/)
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O vereador Andrea Matarazzo, do PSDB, que disputa com o empresário João Doria Jr. a indicação do partido para a corrida municipal deste ano, diz que, caso a executiva estadual da legenda confirme as prévias para domingo (20), poderá abandonar o pleito. Nessa quarta (16), a escolha do postulante tucano à sucessão de Fernando Haddad (PT), que ocorreria neste domingo (20), foi adiada a pedido de Matarazzo. O vereador tucano acusa o concorrente, que é apoiado pelo governador Geraldo Alckmin, de compra de votos, transporte ilegal de eleitores, distribuição de comida no dia do primeiro turno das prévias e propaganda ilegal. 

Matarazzo recebe apoio de FHC e Serra para disputar prefeitura

Cabe à executiva paulista do partido referendar o adiamento das prévias. Segundo o deputado estadual Pedro Tobias, presidente do diretório estadual, a tendência é que a suspensão seja derrubada na reunião marcada para esta quinta, a partir das 18h. “Não podemos empurrar mais [a escolha]. Quem ganha, ganha. Não vamos nos desgastar mais”, diz o tucano, aliado de Geraldo Alckmin,  que vai coordenar a votação dos doze membros da executiva.

Procurado por VEJA SÃO PAULO, Matarazzo criticou a conduta e disse que pode abandonar a disputa. “Não há a hipótese de participar de duas farsas seguidas. Já perdi e ganhei prévias, mas não vamos aceitar, dentro de casa, que o partido cometa a mesma vigarice e os mesmos crimes que o PT é acusado no plano federal”, afirma o parlamentar, que descarta, pelo menos por ora, sair da sigla para disputar a prefeitura por outra legenda.

João Doria se apresenta como pré-candidato do PSDB

O também tucano Mário Covas Neto, presidente da seção municipal do partido, votou contra o adiamento por entender que a medida provoca problemas logísticos. “A gente tem que seguir em frente e votar. Caso haja algum ilícito comprovado, a convenção do partido, em junho, é soberana para referendar ou cancelar uma candidatura.” 

O ex-secretário estadual do Planejamento Júlio Semeghini, coordenador da campanha de Dória, afirma que Andrea Matarazzo está arrumando desculpas para sair das prévias. “Ele está percebendo que muitas pessoas estão apoiando o João (Dória). A candidatura dele está crescendo. E quanto às denúncias, tudo será apurado pelos dois diretórios do partido”.  

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