Após destruição da pista do Ibirapuera, Secretaria cancela contrato com empresa
Segundo a pasta, tratativas para reforma do Complexo estão “em andamento” e pista é “prioridade”; espaço estava desativado desde a pandemia
A Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo cancelou o contrato de locação do Estádio Olímpico do Ibirapuera, para a realização do campeonato de automobilismo Ultimate Drift nos dias 9 e 10 março, após críticas pela destruição da pista de atletismo do local. A informação foi confirmada à Vejinha pela pasta, em nota.
A empresa Ultimate Drift deu início à destruição da pista de atletismo do Ibirapuera para adequar o local ao campeonato. O fato gerou revolta na comunidade do atletismo, levando a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) a publicar uma nota relatando sua “indignação”.
O cancelamento do contrato de locação ocorreu após reunião realizada nesta quarta-feira (14) entre os organizadores do evento e a comunidade do atletismo. A Secretaria de Esportes afirma que convidou a CBAt e a Federação Paulista de Atletismo (FPA) para integrar o grupo de trabalho responsável pelo projeto de reforma do Complexo Esportivo Constâncio Vaz.
A pasta disse ainda que tratativas para a reforma do Complexo “estão em andamento com o Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] e demais órgãos estaduais” e que “a revitalização da pista de Atletismo é prioridade desse projeto, vez que a modalidade é e continuará sendo protagonista desse equipamento público”.
Inaugurada em 1974, a pista do Ibirapuera, considerada um centro de excelência do atletismo brasileiro, foi palco de competições e local de treinamento de diversos atletas, como a campeã olímpica Maurren Maggi, mas estava sem funcionar desde a pandemia de Covid-19, em 2020.
O Complexo inclui, além do Estádio Ícaro de Castro Mello, o Ginásio do Ibirapuera, o Conjunto Aquático Caio Pompeu de Toledo, o Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro e o Palácio do Judô.
A Vejinha entrou em contato com a Ultimate Drift e aguarda retorno.