Arquidiocese de SP arquiva investigação contra Padre Júlio Lancellotti
Órgão analisou acusação de conteúdo sexual contra o religioso e concluiu falta de materialidade da denúncia
A Arquidiocese de São Paulo anunciou nesta terça-feira (23) o arquivamento do processo investigativo contra o Padre Júlio Lancellotti. A denúncia de conteúdo sexual foi realizada pelo vereador Milton Leite (União Brasil), que acusou o religioso de supostamente aparecer em um vídeo se masturbando.
O material foi entregue para a Cúria Metropolitana de São Paulo nesta segunda-feira (22). Após análise, o órgão eclesiástico concluiu que se trata de um conteúdo divulgado em 2020.
Na ocasião, a Cúria Metropolitana instaurou um processo investigativo e o Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito sobre o caso. O MPSP emitiu um parecer contrário à abertura de uma ação penal por ausência de materialidade e arquivou o processo.
“A Arquidiocese de São Paulo, não chegando à convicção suficiente sobre a materialidade da denúncia e considerando as conclusões do MPSP, bem como da Justiça Paulista, também decidiu pelo arquivamento e informou a Santa Sé. Distante de interesses ideológicos e políticos, com serenidade e objetividade, a Cúria Metropolitana de São Paulo permanece atenta a ulteriores elementos de verdade sobre os fatos denunciados”, informou, em nota.
No começo de janeiro, o Padre Júlio Lancellotti também foi citado como possível investigado em uma CPI para investigar ONGs que atuam na região da Cracolândia. A CPI foi protocolada pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil) com o apoio de 24 vereadores. O padre se manifestou e afirmou que não integra nenhuma ONG e realiza serviços pastorais voltados ao acolhimento da população em situação de rua.