Ativistas invadem campus da USP e resgatam frangos usados em pesquisas
Os animais eram usados em projeto da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos do câmpus em Pirassununga, interior
Duas ativistas em defesa dos animais invadiram o campus da Universidade de São Paulo (USP) em Pirassununga, no interior, na madrugada de quarta-feira, 16, e resgataram dez frangos que eram utilizados em um projeto de pesquisa da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos.
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As aves eram usadas para avaliação da conversão alimentar do “Projeto Frango”, desenvolvido pelos alunos. O furto, com rompimento da tela do viveiro, foi constatado na manhã seguinte. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a subtração dos bichos.
O resgate foi noticiado em sites ligados ao movimento vegano e de proteção aos animais. De acordo com os ativistas, os pintinhos são entregues aos grupos de alunos com objetivos diferentes. “Alguns precisam engordar os animais o máximo possível gastando pouco, ou seja, utilizando insumos baratos. Outros precisam manter os animais vivos gastando o mínimo possível. Após dois meses, os animais são mortos e suas carcaças avaliadas pelos professores”, informa o site.
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Conforme a publicação, o experimento seria completamente dispensável, pois já existe uma vasta literatura a respeito de nutrição animal. “Embora seja uma matéria obrigatória, nos últimos anos muitos alunos se recusaram a fazer o experimento e, por isso, foi criado um projeto paralelo para quem não quer participar da experiência.”
As ativistas encaminharam os dez frangos para um santuário localizado a 400 quilômetros da capital. “Os animais que não puderam ser resgatados foram alimentados, impedindo assim o seu abate por poucas horas, já que eles precisam estar em jejum para que suas carcaças sejam avaliadas”, informaram. O site pede ainda que os defensores de animais enviem pedidos à USP para suspender o “Projeto Frango”. A universidade informou que registrou boletim de ocorrência por furto qualificado e que a atividade desenvolvida pelos alunos é optativa.