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Ato inter-religioso em homenagem a Vladimir Herzog lota Catedral da Sé

Cerimônia marcou os 50 anos da morte do jornalista, assassinado por agentes da ditadura militar

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 out 2025, 17h29 - Publicado em 26 out 2025, 10h48
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 (Paulo Pinto/ Agência Brasil/Reprodução)
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A Catedral da Sé ficou lotada neste sábado (25), em ato inter-religioso que marcou os 50 anos da morte de Vladimir Herzog, assassinado por agentes da ditadura militar em 25 de outubro 1975. Geraldo Alckmin, presidente em exercício enquanto o presidente Luíz Inácio Lula da Silva está no exterior, esteve presente no evento.

Ivo Herzog, filho de Vladimir, afirmou que todos os familiares de vítimas da ditadura militar no país esperam que um processo legal seja levado a cabo.

“[O que falta] é a investigação das circunstâncias dos crimes que foram cometidos, é um indiciamento dos autores dos crimes, estando vivos ou estando mortos, é o julgamento e a decisão do nosso poder judiciário se eles cometeram ou não cometeram crimes”, disse à imprensa.

Ele também reforçou a importância da presença do presidente em exercício. “Hoje, na pessoa do presidente, Geraldo Alckmin, nós temos o Estado de mãos dadas com a gente, para reafirmar o compromisso com a democracia, reafirmar o compromisso com a justiça, reafirmar o compromisso com os direitos humanos, reafirmar o compromisso com a verdade.”

“A morte de Vladimir Herzog foi o resultado do extremismo do Estado que, ao invés de proteger os cidadãos, os perseguia e os matava”, afirmou Alckmin no evento.

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Representantes religiosos e políticos discursaram no evento, e os espectadores cantaram músicas símbolos da luta contra a repressão, como Cálice, de Chico Buarque e Milton Nascimento, e O Bêbado e o Equilibrista, de Aldir Blanc e João Bosco. Entre os discursos, os presentes gritaram “Sem Anistia”, em referência aos envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro.

Ato histórico na Praça da Sé em 1975

A escolha da Catedral da Sé como sede do ato inter-religioso não é à toa. Foi em frente à Catedral que mais de 8 mil pessoas se reuniram em 31 de outubro de 1975, para a missa de sétimo dia de Vladimir Herzog.

O ato, que foi conduzido pelo cardeal D. Paulo Evaristo Arns, o rabino Henry Sobel e o reverendo Jaime Wright, ficou marcado na história contemporânea brasileira por ser o primeiro grande protesto contra a Ditadura Militar após o AI-5.

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Vítima da ditadura

Vlado era diretor de jornalismo da TV Cultura e professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP). Em 1975, foi convocado a depor no DOI-CODI de São Paulo, por suspeita de ligação com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Lá, foi preso, torturado e morto em 25 de outubro de 1975.

A ditadura tentou encobrir o caso, alegando que teria sido um suicídio, mas evidências de tortura e denúncias de colegas, familiares e entidades religiosas revelaram que havia sido um assassinato.

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