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Bandidos promovem furtos em clubes e casas noturnas paulistanas

Assaltos tem se tornado cada vez mais frequentes em ambientes que vão desde shows de axé até clubes badalados

Por Filipe Vilicic
Atualizado em 5 dez 2016, 19h25 - Publicado em 18 set 2009, 20h32

Na madrugada do último dia 24, cinco assaltantes foram presos na badalada e cara casa noturna Royal, no centro. Estudantes, não eram do tipo trombadinha de farol. “Trajavam roupas de marca, tinham entre 18 e 20 anos e se misturavam facilmente com os outros freqüentadores”, conta Alex Gatto, gerente do clube. “Na porta, nem imaginamos que poderiam causar problemas.” A quadrilha de três moças e dois rapazes chegou por volta das 3 da manhã. Durante a noitada, os seguranças começaram a suspeitar da atitude do bando. “De cinco em cinco minutos, vinha alguém reclamar de que havia sido roubado”, diz Gatto. Os larápios guardavam os objetos furtados de pelo menos doze vítimas numa bolsa deixada na chapelaria. Uma funcionária desconfiou: pegos em flagrante enquanto tentavam jogar carteiras, celulares e outros itens roubados pela janela do banheiro, os criminosos foram encaminhados para o 4º Distrito Policial, na Consolação.

O caso da Royal não é isolado. Seis dias antes, pelo menos catorze pessoas foram assaltadas durante a apresentação da cantora Ivete Sangalo no Credicard Hall, em Santo Amaro. Dois policiais militares capturaram um casal de gatunos no estacionamento do espaço. Eles carregavam três cartões de crédito, um talão de cheques, uma câmera digital e catorze celulares. “Esses delitos ocorrem com freqüência em shows de axé”, afirma o consultor de segurança Paulo Fonseca, sócio da Securité Fonseca’s Vigilância, especializada em proteger megashows como o Reino da Folia, que levou cerca de 5?000 pessoas para o Via Funchal, na Vila Olímpia, em 14 de novembro. “Quando todo mundo já bebeu bastante, está agitado, pulando e dançando, os delinqüentes aproveitam para surrupiar.” Há até bandidos especializados no crime. “Eles acompanham a turnê de bandas como Chiclete com Banana e Babado Novo”, diz Fonseca. Para não ser surpreendido por um mão-leve durante a balada, é preciso tomar uma série de precauções (veja o quadro). Não dá para relaxar nem na hora da diversão.

Dicas para escapar dos ladrões

• Só leve o necessário para os shows. “Basta um documento com foto e dinheiro suficiente para a noite”, diz o consultor de segurança Paulo Fonseca.

• Guarde jóias, bolsa, relógio e câmera fotográfica na chapelaria.

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• Não deixe seu carro na rua sob os “cuidados” de um flanelinha. Prefira o estacionamento oficial do evento.

• Desconfie de desconhecidos. Um dos métodos dos bandidos é distrair a vítima com uma conversa enquanto o comparsa surrupia a carteira.

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