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3 perguntas para…Caio Blat

O ator fala do filme em que contracena com a esposa

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 18h54 - Publicado em 16 mar 2010, 20h13

Dono de uma carreira comportada na televisão, o paulistano Caio Blat, que completa 30 anos em junho, se joga em papéis cada vez mais arriscados no cinema. Além de viver um “mano” da periferia de São Paulo em ‘Os Inquilinos’, o ator volta à tela na comédia romântica ‘Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos’, da qual também é um dos produtores. Blat dá voz a Zeca, um escritor carioca dividido entre a mulher, interpretada por sua esposa, Maria Ribeiro, e a amante argentina.

É mais fácil fazer cenas picantes com a própria esposa?

Essa é a primeira vez que eu e Maria contracenamos como marido e mulher. Procuramos não trabalhar juntos para preservar o espaço e a vida pessoal de cada um. No filme, o relacionamento do casal está chegando ao fim e, por isso, há muitas cenas de desamor, traição, ciúme, mentiras. Fazer essas sequências com ela foi sofrido e delicado. E, por incrível que pareça, as cenas de sexo foram dificílimas. Se fosse outra atriz, haveria uma marcação. Agora, como posso dar um beijo técnico na minha própria esposa sem que ela se sinta ofendida? (risos)

Desde Cama de Gato (2002), você vem tirando a roupa com frequência no cinema. Hoje já é mais fácil ficar pelado?

Antes de tudo, as cenas de nudez têm de servir ao filme. Não tenho prazer nenhum em expor o corpo, nem alguma fantasia ou fetiche com isso. Um exemplo: eu e Maria ficamos cheios de pudor em mostrar uma transa que filmamos, e pedimos ao diretor para cortá-la. Ele não concordou, mas respeitou nossa decisão. Quando revimos o filme sem a cena, achamos que faltava algo. Voltamos atrás e pedimos para incluí-la.

Acha possível sustentar um caso extraconjugal como o filme ameaça propor?

Vivemos numa gangorra para manter o equilíbrio numa relação a dois. Acredito que num relacionamento a três, sempre vai sobrar um pouco de mágoa, ciúme, frustração. Já ouvi falar de casos a três nos quais as pessoas são absolutamente felizes, mas não, eu não conheço ninguém (risos). Sou apaixonado pela Maria, somos caretas e monogâmicos, e nem imagino brincar disso sem alguém se sentir magoado.

 

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