Prefeitura aperta o cerco contra carros abandonados nas ruas
Manobra de mudança de local para escapar de punições agora não deve ter efeito
Um decreto da Prefeitura de São Paulo promete acabar com uma velha manobra adotada por motoristas que deixam veículos sem condições de rodar abandonados nas ruas da capital. Agora, a mudança de local para escapar das penalizações não irá interromper o prazo para que o veículo seja retirado das vias. Muitos desses carros são verdadeiras carcaças e acumulam lixo, água parada e aumentam a sensação de insegurança, já que podem ser usados para prática de crimes.
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Essa manobra já conhecida foi detalhada em reportagem da Vejinha. À época, segundo a administração municipal, sete em cada dez donos dessas “latas-velhas” adotavam essa prática. Cerca de 16 000 pedidos de remoção estavam acumulados.
Um veículo abandonado é facilmente identificado. Geralmente ele está com os vidros quebrados, carroceria enferrujada, pneus murchos e ausência de itens como bancos. Porém, ele só pode ser retirado de lá após uma denúncia. Feita a denúncia, fiscais da subprefeitura da área vão até o local e colam uma notificação no vidro dianteiro informando que o carro deve sair, sob pena de ser guinchado. Se isso acontecer, para reavê-lo, o dono deve pagar cerca de 20 000 de multa, além de bancar a estadia no pátio.
O que muda
Antes, se o dono estacionado em um determinado ponto apenas mudasse de local e retirasse o aviso do veículo, um novo processo só começaria após uma nova denúncia.
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Pelo decreto desta quinta-feira (9) publicado no “Diário Oficial da Cidade”, mesmo que o carro seja estacionado em outro local e o aviso retirado, o prazo para que ele seja retirado não deixa de correr, já que os fiscais possuem as placas e características da “lata-velha”.