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Cartas sobre a edição 2176

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 18h40 - Publicado em 6 ago 2010, 21h03

ASSUNTOS MAIS COMENTADOS

20%

Pôquer (capa)

20%

Ivan Angelo

17%   

Entulho

10%

Trânsito

33%

Outros

Pôquer

Muito divertida e instigante a reportagem de capa da semana passada (“Pôquer entre amigos”, 4 de agosto). Como jogadora amadora do esporte, acho que faltou à matéria esclarecer o lado mais profissional do jogo e mostrar que esse universo vai muito além das jogatinas dos endinheirados. Para ser um vencedor a longo prazo, mais do que dinheiro, são necessárias horas de estudo em diversos livros, revistas e sites, muita prática e, sobretudo, uma disciplina absoluta. Trata-se de algo bastante fácil de aprender, mas muito difícil de dominar. Quem quiser dar os primeiros passos deverá saber que a sorte e o risco são dois dos muitos fatores que envolvem a prática.

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BETH CASTILHO

A abordagem glamourosa do jogo, com casas elegantes, mesas fartas e pessoas bem-sucedidas, que ali estão pela amizade e diversão, esconde o lado negro desse vício. O jogador mesmo é aquele amigo que senta ao seu lado, conversa de forma afável e, entre uma mão e outra, quer lhe tirar até o último centavo. É aquele que sacrifica família e trabalho por essa distração, pela “adrenalina”, como se a dedicação ao trabalho e a ideais verdadeiros não comportasse emoção real, autêntica e intensa. O jogador é aquele que vê no ganho fácil o objetivo dos seus dias, desprezando o mérito.

ORLANDO SBROCCO

Trânsito

Está na hora de a cidade de São Paulo ter um projeto ousado para seu trânsito (“Boa notícia nas ruas”, 4 de agosto). Não dá mais para ficar com rodízio e proibições de circulação deste ou daquele veículo. Um projeto de tal envergadura demora, assim como demorou cerca de dez anos um dos melhores e mais complexos sistemas rodoviários, na cidade de Boston. Que a prefeitura comece logo, juntamente com os governos federal e estadual, a assumir essa responsabilidade. Se São Paulo parar, o Brasil também vai parar.

EDUARDO KAMEI YUKISAKI

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Realmente, é uma boa notícia saber que a prefeitura fecha o cerco aos caminhões pesados, impedindo-os de circular nas avenidas Bandeirantes e Jornalista Roberto Marinho, além de um trecho da Marginal Pinheiros. Obrigando-os a usar o Rodoanel — com o pagamento de pedágio, claro —, podem-se aliviar os congestionamentos e os prejuízos causados à cidade. Só não podemos esquecer que todas essas restrições empurram as empresas e seus empregos para fora também. Já a restrição à circulação de motos na pista expressa da Marginal Tietê e a redução das restrições aos veículos leves são muito bem-vindas.

FRANCISCO RODRIGUES LIRA

Entulho

Muito interessante a reportagem sobre entulho (“No meio do caminho…”, 4 de agosto). Ela mostra, no entanto, apenas a ponta de um iceberg que não é prioridade para a prefeitura. Vemos diversas áreas conhecidas como pontos ilegais de descarte de lixo e, mesmo assim, não há um trabalho conjunto dos diversos órgãos públicos para coibir tal absurdo. Já solicitei ajuda a um vereador, que — pasmem! — não resolveu nada e ainda me colocou na sua mala direta para pedir votos nesta eleição. Já solicitei ajuda diretamente à subprefeitura responsável e nada. Conversei com o encarregado pelo policiamento local e fui informado de que a responsabilidade não é da polícia. Pergunto, então: de quem é? Para isso nunca temos resposta, e apenas sabemos que nossos políticos estão preocupados em maximizar as receitas e minimizar as despesas. Por que pagamos IPTU integral se a cidade está largada? Nunca vi tanto carroceiro em São Paulo. Está na hora de parar e pensar aonde chegaremos dessa forma.

EDUARDO SEIDENBERGER

Na Rua Roberto Pires Maciel, na Zona Leste, é possível encontrar montes de entulho e sujeira espalhados pelo parque linear construído às margens da via. O cenário é degradante e há um contraste entre alguns brinquedos instalados e o jardim que resiste em meio ao caos. Gostaria de saber quando a prefeitura instalará ecopontos em São Mateus e no Parque São Rafael.

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LUÍS DELCIDES

Faltou complementar essa lei com a retirada de carros abandonados ou carcaças que ficam anos acumulando lixo, comida deteriorada, água parada, dengue e servindo de morada para sem-teto. Isso ocorre apesar das súplicas de moradores feitas à prefeitura sem nenhuma resposta. Devido à volumosa produção de veículos atualmente, a prefeitura deveria atentar para o agravamento do problema e complementar a lei. Na Avenida do Cursino, esquina com a Rua Doutor Malta Cardoso, por exemplo, uma carcaça de picape vermelha está abandonada há dois anos.

PÉRICLES CARROCINI

Apenas 36 ecopontos? Há milhares que surgem na cidade inteira a cada dia, mesmo sem o beneplácito da prefeitura. Multas? Como identificar a quem multar? E quem vai pagar pelas imundícies deixadas pelos moradores de rua? Os lojistas, as casas e os prédios de quase todos os bairros da cidade já pagam um preço alto pelos materiais de limpeza e desinfetantes que são obrigados a usar diariamente para que as calçadas sejam transitáveis. Sem contar a falta de fiscalização em bares e restaurantes que usam as vias como latas de lixo. Tudo isso já é um problema de saúde pública.

BRUNA NEHRING

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Masp

Estamos certos de que, com a expansão das atividades de nossa escola e a partir da inauguração do Edifício Masp Vivo, ampliaremos nossas alternativas na captação de recursos. Esclarecemos que a sustentabilidade da Escola do Masp não está relacionada à quitação de dívidas — por sinal, todas em dia —, mas sim ao efetivo funcionamento e à ampliação de nossas atividades educativas, marco na formação cultural da cidade e do país desde os anos 50.

LUIZ PEREIRA BARRETTO – Diretor secretário-geral do Masp

Mistérios da Cidade

Interessante a tática de convidar o púbico para a Bienal citada na nota “Livres dos livros” (4 de agosto). O evento é uma oportunidade singular para que essa nova geração de brasileiros seja estimulada a se unir aos livros, a fim de se tornarem cidadãos bem informados, conscientes da edificação de uma nação que, mesmo encarando adversidades, seja capaz de manter inabalável a sua compostura.

JOSÉ MARIA CANCELLIERO – Presidente do Centro do Professorado Paulista (CPP)

Sobre a nota “Abraço da árvore” (4 de agosto), a relação com o poste é o de menos. Atualmente, a árvore é usada como banheiro público pelos mais de vinte indigentes que moram junto ao muro do imóvel abandonado ali próximo. O que chama atenção no local não é o poste de luz, e sim o cheiro de fezes e de urina, demonstrando o descaso da prefeitura com uma das alamedas mais bonitas da Bela Vista.

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GUSTAVO JUSTINO DE OLIVEIRA

Teatro

Acompanho os musicais de São Paulo desde que surgiram, há quase vinte anos. Nessa época, portanto, Nando Prado era uma criança (“O galã da nossa Broadway”, 4 de agosto). Sua carreira vem crescendo exponencialmente, e foi sensível a melhora em sua atuação desde o último musical (‘Miss Saigon’). Nando está maravilhoso em ‘O Médico e o Monstro’. Dizem que nós traçamos um caminho e Deus traça outro para nós.

SYLVIA VERTA

Cabeleireiro

Gostaria de parabenizar Maria Paola de Salvo pela reportagem e pelo retorno aos cachos (“O rei das crespas”, 4 de agosto). Eu já passei por isso há alguns anos e sei quão difícil é assumir o visual. Fiquei indignada com o comentário do cabeleireiro das loiras, Marco Antonio de Biaggi, que se mostrou muito preconceituoso quanto ao visual cacheado das mulheres. Ora, sou muito bem-sucedida profissional e financeiramente e há anos adoto meus cachos! Relacionar os cachos com insucesso profissional ou financeiro revela um preconceito não apenas em relação ao visual adotado pelas mulheres, mas também em relação a sua cor, origem e condição financeira. Além disso, ele já deve ter percebido que é muito mais barato e mais prático manter o visual liso. Para tanto, basta observar os valores informados na reportagem ou passear por qualquer perfumaria.

JULIANA ANTUNES

Ivan Angelo

Ao ler os artigos das leis pinçados magistralmente pelo cronista Ivan Angelo (“Preciosidades perdidas”, 4 de agosto), pensei estar diante de peças de ficção. Foi preciso ler os números entre parênteses para perceber que eu estava errado. Triste…

ROBERTO BLATT

Adorei ler os versos do jingle dos Cobertores Parahyba, que ouvi tantas e tantas vezes quando criança, e que hoje canto para meu filho (o.k., é um cachorro, mas é como se fosse filho!).

LINA FERRO

Sobre o jingle citado na crônica “Preciosidades perdidas”, gostaria de salientar que a recomendação não foi apenas patrocinada por nossa empresa, mas também criada e suportada pelos Cobertores Parahyba. O personagem que aparecia na propaganda é nossa mascote, que até hoje aparece em nosso logo, e não uma corujinha.

MARCOS JOSÉ – Diretor de marketing dos Cobertores Parahyba

Enem

Como pedagoga e trabalhando na área de educação há mais de vinte anos, não posso parabenizar o Colégio Vértice pelo primeiro lugar no Enem (“Dez lições da escola número 1”, 28 de julho). Ficou claro que eles escolheram o caminho mais fácil. Quando escolhemos os alunos inteligentes, interessados em buscar o conhecimento, aplicados em seus trabalhos e lições, quase nenhum esforço é preciso fazer. E como ensinar os alunos com dificuldade de aprendizagem? Os inúmeros jovens com dislexia, discalculia, déficit de atenção, disortografia etc.? Os colégios que trabalham com alunos com dificuldades e usam incontáveis estratégias para ensiná-los é que deveriam ser os primeiros, pois escolhem o caminho mais árduo e estão preocupados em reverter essa situação.

MARTA CRISTINA ALCÂNTARA DINI

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