Todo munícipe deveria ter um dia do mês reservado para um ato em prol do seu bairro ou da sua cidade, pois, do jeito que a coisa anda, o poder público só enxerga os problemas quando a população se mobiliza e vai às ruas (“A reação do Morumbi”, 7 de setembro).
EDUARDO KAMEI YUKISAKI
Parece um milagre. Sou moradora do Morumbi e, após a reportagem da revista, o nosso bairro virou um paraíso de policiais. Temos viaturas em todas as esquinas. Eu me dei até ao luxo de voltar a pé hoje da academia para casa. Por quanto tempo será que nós, moradores, teremos essa paz? Espero que para sempre!
PAULA PALADINO
Felizes os moradores do Morumbi, que conseguiram, unidos, levar um batalhão de policiais para cuidar da segurança do bairro. Nós, do Ipiranga, estamos à mercê da bandidagem. Todos os dias temos nossos carros roubados e somos assaltados.
MARIA APARECIDA GODOI
Vivemos numa cidade assustada. A insegurança é a mesma para os moradores do Morumbi ou da Vila Gustavo, onde moro. Se pessoas com condições de gastar pequenas fortunas em proteção continuam se sentindo desprotegidas, o que dizer de nós, pobres mortais? Precisamos enxergar a cidade como um todo, e não como ilhas. A segurança da família de um morador da periferia, sem coleta de lixo regular, tem o mesmo valor da segurança de um morador do Morumbi, que pode chamar escolta para colocar o lixo na rua.
CELIA GRILLI BARRAL
+ Especial de bairro: Morumbi
Vou ao bairro do Morumbi e arredores com frequência. Acabei de comprar um imóvel na região, mas não entendo como até hoje existem favelas como a de Paraisópolis numa das regiões mais valorizadas da capital. Isso é pura incompetência da prefeitura e do governo federal. Em vez de asfaltar as ruas das favelas, por que não derrubar tudo e construir edifícios populares? Com o dinheiro que a Dilma quer gastar inutilmente num trem-bala fantasma, dá para consertar as favelas das grandes cidades brasileiras. Dinheiro não falta. Falta inteligência.
EDUARDO CAMARGO GARBIN
Todo paulistano passa pelo mesmo problema dos moradores do Morumbi. Coloco a culpa e a responsabilidade na prefeitura, no governo estadual e no federal. Fico perplexo com o descaso das autoridades que fazem de conta que não veem a construção de mais e mais favelas na cidade e em seus arredores. Com isso, há o aumento da pobreza e da criminalidade. Se você constrói em seu próprio terreno, logo vêm os fiscais da prefeitura aplicando multas. Coisa de louco.
JOSÉ CARLOS VAZ PARREIRA
Muito possivelmente, os sequestradores da moradora Aline Brito fizeram o mesmo comigo. A forma de atuação é semelhante, inclusive com dicas de segurança. A diferença é que eles me levaram para o estacionamento do Shopping Jardim Sul, fizeram saques de 3.000 reais e compras de 7.000 reais. Aliás, não há nenhuma segurança no nosso sistema bancário, pois, apesar de eu ter uma filosofia de manter pouco dinheiro disponível na conta, eles realizaram um empréstimo de 10.000 reais em meu nome no caixa eletrônico e sacaram mais 1.000 reais. O meu drama não terminou. Agora vivo assustado com a possibilidade de novos assaltos.
PAULO BETTONI
Agradeço à reportagem por mostrar o que está acontecendo no bairro, uma vez que não podemos simplesmente achar que isso faz parte do nosso cotidiano. O que realmente espero é que a operação policial que está sendo feita agora no Morumbi e seus arredores não caia no esquecimento daqui a algumas semanas.
GENECI SILVA
Não é difícil explicar o sucesso da novela (“As rainhas de Seráfia”, 7 de setembro). As autoras Thelma Guedes e Duca Rachid esbanjam competência e mostram a cada capítulo que escrever uma novela é respeitar o telespectador, aproximando-o dos personagens, estabelecendo uma relação de intimidade. O lirismo aliado à inteligência da mistura do cordel com o conto de fadas, além do romantismo representado belamente pelos personagens dos atores Cauã Reymond e Bianca Bin, faz com que o telespectador torça pelo romance e viaje nesse folhetim de imagens cinematográficas em plena novela das 6.
RUVIN SINGAL
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Gostaria de parabenizar as autoras Duca Rachid e Thelma Guedes pela maravilhosa novela “Cordel Encantado”, impecável em todos os detalhes, com destaque para a maravilhosa fotografia em tons de terra, lembrando o sertão brasileiro. Todas as novelas escritas pelas autoras ou que tiveram a colaboração delas fugiram ao lugar-comum — foram interessantes, divertidas, bem produzidas, bem dirigidas e nos brindaram com grandes interpretações dos atores. Parabéns, com todas as letras! Continuem a nos presentear com esses lindíssimos trabalhos. Esperamos vê-las em uma novela das 9.
LESLIE HERINGER
A crônica me serviu de carapuça (“Torturas estéticas”, 7 de setembro). Adorei. Alguns dias atrás, comprei uma cinta modeladora. Cheguei a ficar com dor de estômago e mal conseguia respirar. Na sexta-feira passada, desisti. Estava estragando o meu dia, passava o tempo todo sufocada e não conseguia conversar com as pessoas. Quando li a crônica, pensei que é isto que está faltando na minha vida: um amor. E ele vai ter de gostar de mim do jeito que sou: gordinha. O importante é eu me aceitar e abrir o coração para um grande amor.
SUELY NISHIKAWA
Eu me vi em metade de suas torturas estéticas… Adorei!
FABIANA HASSAN
Acabo de ler no avião seu texto, que tocou fundo nas chagas da minha vaidade. Neste exato momento, estou sofrendo os açoites da cinta modeladora para estar em forma para o verão. O fato é que venho lutando contra os pensamentos obsessivos do corpo sarado e tento me convencer o tempo todo de que o bom é ser natural, viver bem e com prazer. Sinto que estou no caminho certo, mas de repente surge um saradão e lá se vai a minha autoconfiança. A bem da verdade, sei que as pessoas podem até se sentir mais atraídas por um corpo trincado, mas certamente ficam mais à vontade junto de uma pessoa “normal”.
MATHEUS FERREIRA
Adorei a crônica, mas tenho que adverti-lo de que, hoje em dia, se a mulher passou dos 50 e não é “sarada”, não tem corpo de miss e não está pronta para ser rainha de bateria, esqueça! Tenho 53 anos bem vividos e felizes, apesar de ter engordado 20 quilos nos últimos quinze anos, depois que meu marido faleceu. Nos primeiros anos de viuvez, tive meus namoricos. Hoje, posso lhe dizer que não arrumo namorado de jeito algum. Até ouço “Nossa, você é uma mulher bonita”. E ponto. A mim, não dói. Tive um marido incrível, tenho dois filhos maravilhosos e minha vida é plena. Mas vejo amigas que não se casaram, com um rosto lindo, ser simplesmente ignoradas. O único amor que nos resta depois dos 50 e com o corpo arredondado é o amor-próprio.
GISELA DESCHAMPS
Já encontrei um grande amor, do qual eu havia me separado e de quem nem mais me lembrava: o amor por mim mesma. Faz sete meses que me divorciei, depois de um casamento de dezoito anos. Tenho uma linda e afetuosa filha, que mora comigo. A liberdade que reconquistei me enche de energia e esperança de que, em qualquer momento de distração, a vida me surpreenda com o remédio tão bem indicado por você: o amor.
VÂNIA CAVALCANTI
No domingo (28), fomos ao restaurante A Bananeira, no Morumbi, para um almoço de despedida da minha enteada, que no dia seguinte iria de mudança para a Alemanha. Fomos gentilmente atendidos pelo garçom Aureo, que veio de Pedro II (“Migrantes das bandejas”, 31 de agosto). Parabéns a VEJA SÃO PAULO por homenagear esses profissionais.
MARLENE BERLOFFA
A LEI DO COUVERT, EM VERSÃO LIGHT
Na terça-feira (6), o governador Geraldo Alckmin promulgou a Lei nº 266, que regulamenta a oferta de couvert nos restaurantes e entrará em vigor um mês após a publicação. A polêmica foi abordada na reportagem “Uma lei muito indigesta” (24 de agosto), que mostrava os protestos dos empresários do ramo contra o projeto, elaborado pelo deputado estadual André Soares (DEM). O clima para o setor agora é de alívio.
A aprovação da proposta excluiu seu principal ponto, o que obrigaria o estabelecimento a servir porções individuais caso a cobrança também fosse feita por pessoa. As casas ficarão obrigadas, contudo, a informar preços e a descrever o que será servido, para que o cliente decida se quer os petiscos. Trata-se de um avanço brando: na prática, o cliente já tinha garantido o direito de recusar o serviço.
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