Censo mostra que número de crianças e adolescentes vivendo nas ruas dobrou
Ao todo são 3 759; República, Sé e Santa Cecília reúnem quase um quinto do total
Um levantamento realizado pela Prefeitura de São Paulo revelou que 3 759 crianças e adolescentes estão em situação de rua na capital, mais do que o dobro das 1 842 que viviam nessa mesma situação em 2007, quando foi feita a última sondagem.
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O Censo de Crianças e Adolescentes reúne dados de pessoas de 0 a 17 anos e 11 meses. Tratam-se de crianças e adolescentes que usam as ruas para dormir ou para praticar atividades irregulares ou ilícitas, e todas estão em situação de vulnerabilidade social, diz a prefeitura.
Mais de sete em cada dez integrantes dessa faixa etária (73,1%, ou 2 749) veem nas ruas sua forma de sobrevivência. Quase seis em cada dez (59,2%) são do sexo masculino, e pretos e pardos correspondem a 71,6% do total.
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Juntos, os distritos de República, Sé e Santa Cecília reúnem 707 crianças e adolescentes, 18,8% do total averiguado. O problema não se restringe apenas à região central. A sondagem revelou a presença delas em 28 novos distritos que não apareciam no levantamento anterior. Entre eles estão pontos do extremo da capital, tais como Brasilândia (Zona Norte), Iguatemi (Zona Leste), e Parelheiros (Zona Sul), entre outros.
Geral
Um outro estudo, divulgado no dia 24 de janeiro deste ano também pela Prefeitura de São Paulo, revelou que de 2019 a 2021, mais 7 540 pessoas passaram a viver nas ruas da cidade de São Paulo. O levantamento anterior apontava que havia 24 344 pessoas nessas condições, enquanto no fim do ano passado o número saltou para 31.884, um crescimento de 31%.