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Ciclovia da Marginal Pinheiros ganha câmeras de inteligência artificial

Equipamentos permitem detectar movimentações suspeitas no local. No futuro, os algoritmos poderão detectar excesso de velocidade e até armas

Por Clayton Freitas
Atualizado em 27 Maio 2024, 21h52 - Publicado em 17 jun 2022, 06h00
Em foco, câmera de inteligência artificial instalada na ciclovia do Rio Pinheiros e ciclistas pedalando ao fundo
Câmeras de inteligencia artificial instaladas na ciclovia do Rio Pinheiros (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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Quem costuma pedalar pela ciclovia às margens da Marginal Pinheiros pode nem ter percebido, mas está sendo bastante vigiado. Mais precisamente por 110 câmeras, algumas dotadas de inteligência artificial — por enquanto, 38 já possuem a tecnologia, mas, em breve, todas terão.

Elas são a cereja do bolo de um grande pacote de segurança para tentar trazer mais tranquilidade aos cerca de 160 000 ciclistas que frequentam o local mensalmente. O combo inclui ainda botões de pânico a cada quilômetro da via, que devem estar totalmente instalados e em operação até o fim deste mês. Ao serem acionados, vão emitir um aviso luminoso e sonoro para alertar as equipes de vigilância.

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“Detectamos todos os pontos de alta vulnerabilidade, sobretudo para as mulheres”, diz Michel Farah, que administra a ciclovia.

A central de monitoramento é fruto de uma parceria da Farah Service com a Avantia, empresa especializada em emprego de inteligência artificial para equipamentos de segurança. Segundo explica o diretor comercial da Avantia, Maurício Ciccio, assim que a imagem é captada, ela é analisada pelo próprio sistema. Ao detectar alguma anormalidade, o servidor gera uma espécie de alerta para o operador. Se ele confirmar se tratar de algo que deva ser analisado no local, as equipes de segurança são avisadas.

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Homem sentado frente às telas de monitoramento das câmeras de inteligência artificial
“BBB” da ciclovia | Inteligência artificial: câmera é programada para “entender” movimentos suspeitos e poderá, no futuro, detectar pessoas armadas; central de videomonitoramento fica em contêiner (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Os chamados analíticos — algoritmos que as câmeras analisam e geram os avisos — atuais envolvem aglomerações (que podem indicar desde um acidente até um tumulto); abuso de permanência, que pode ser entendido como alguém que está lá para tentar praticar algum crime; e leitura de placas de veículos, já que apenas os oficiais ou autorizados podem circular por lá.

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No futuro, os algoritmos poderão detectar excesso de velocidade e até armas. “É um projeto vivo e vamos aprender muita coisa durante essa experiência”, diz Ciccio.

O investimento inicial é de 500 000 reais, além de 40 000 por mês para manutenção. Hoje, os equipamentos estão dispostos nos 14 quilômetros do trecho da ciclovia que fica entre as pontes do Jaguaré e do Morumbi.

O projeto prevê chegar a 500 câmeras até janeiro de 2023, que devem ser instaladas no trecho da Ciclovia São Paulo da Rua Miguel Yunes até a ponte estaiada, e na outra margem, na Ciclovia Franco Montoro, além de outras dependências do Parque Bruno Covas. O custo de todo o projeto passa dos 2,5 milhões de reais, além da manutenção mensal, tudo pago pela iniciativa privada.

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Publicado em VEJA São Paulo de 22 de junho de 2022, edição nº 2793

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