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Livro reúne fotos e artigos sobre a arte sacra de 70 igrejas de São Paulo

'Igrejas de São Paulo: Arte e Fé' é uma “visita guiada” pelos templos; projeto é de Percival Tirapeli, professor da Unesp, e da jornalista Laura Carneiro

Por Tomás Novaes
Atualizado em 27 Maio 2024, 22h31 - Publicado em 28 jan 2022, 06h00
Imagem mostra salão de igreja com paredes laterais brancas e azuis e teto com afrescos de cenas bíblicas. Ao fundo, o altar da Igreja, com um teto azulado.
Paróquia Nossa Senhora do Brasil: a abside em azul da obra, de 1944, no Jardim Europa, veio da antiga matriz de Mogi das Cruzes, demolida em 1952. (Laura Carneiro/Divulgação)
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Setenta templos, datados de 1592 a 2003, recheiam as 420 páginas do livro Igrejas de São Paulo: Arte e Fé (R$ 290,00), lançado nesta sexta (28) com um evento no histórico Pátio do Colégio, no centro. A arte sacra da cidade é o grande foco da publicação, que colhe alguns destaques entre os mais de 400 pontos de fé católicos da capital paulista.

+ Onze transformações que aconteceram em São Paulo no último século

O projeto da editora Unesp com a Loyola e Arte Integrada resulta de cinco anos de pesquisa e compilação de imagens, artigos e relatos a respeito das construções. Foi organizado pelo professor Percival Tirapeli, do Instituto de Artes da Unesp (Universidade Estadual Paulista), e pela jornalista Laura Carneiro.

Imagem mostra salão de igreja com teto marrom e branco, com imagens bíblicas entre padrões quadriculados. Duas fileiras de colunas de mármore acompanham o salão até o fundo, onde está um altar.
Paróquia Santa Teresinha: a igreja de Santana, de 1940, tem pinturas dos irmãos Bastiglia. (Percival Tirapeli/Divulgação)

“É uma história da evolução da arte em São Paulo, tanto em termos arquitetônicos quanto técnicos, de diversos meios — os materiais, os vitrais e as pinturas”, explica Tirapeli, que leciona história da arte brasileira e é autor de livros sobre a cultura colonial, como Igrejas Paulistas — Barroco e Rococó (2003).

Imagem em preto e branco mostra altar de igreja, ao fundo, e corredor entre bancos ao centro.
Catedral da Sé: a capela-mor antiga foi demolida em 1911 para a construção do templo neogótico que conhecemos. (Arquivo da Cúria Metropolitana/Divulgação)
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O lançamento classifica as igrejas em coloniais, ecléticas e modernas e nos faz percorrer, por meio das fotos, uma verdadeira visita guiada por vitrais, afrescos e altares, a maioria na região central. “Os leitores vão perceber que as igrejas estão conjugadas com a expansão da cidade”, diz o docente, lembrando o sacerdote dom Duarte Leopoldo e Silva, que, entre 1910 e 1937, fundou 33 paróquias na capital.

Imagem mostra teto de igreja com uma cruz azulada ao centro e pinturas geométricas ao seu redor, coloridas. Nas laterais, vitrais também coloridos e, na parte inferior da imagem, uma cruz de madeira e alguns tubos de um orgão.
Paróquia Nossa Senhora da Conceição: o teto da Igreja, de 1911, na Santa Efigênia, foi pintado pelo pintor-decorador italiano Gino Catani. (Marcelo Macaue/Divulgação)

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Publicado em VEJA São Paulo de 2 de fevereiro de 2022, edição nº 2774

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