Comissão nega processo de Isa Penna contra delegado Olim por fala machista
Deputada entrou com representação após parlamentar dizer que ela teve “sorte” por ser assediada dentro da Alesp
Por seis votos a quatro, o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo resolveu não acatar a representação feita pela deputada Isa Penna (PCdoB) contra o também deputado Delegado Olim (PP) por quebra de decoro parlamentar.
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Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda no dia 20 de abril, Olim afirmou que a colega se reelegeria graças a repercussão da importunação sexual sofrida dentro da Assembleia e praticada por outro deputado, Fernando Cury (União Brasil), em dezembro de 2020. “Sorte dela, que vai se reeleger por causa disso”, disse Olim. “Ela só fala nisso”, arrematou. Ele ainda defendeu Cury e justificou que o parlamentar havia bebido.
Isa prometeu recorrer à Justiça contra o colega.
No episódio flagrado pelas câmeras da TV Assembleia, Cury se aproxima de Isa por atrás, a abraça e apalpa o seu seio. Ele ficou afastado da Casa por 180 dias.
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A reunião do Conselho de Ética na manhã desta terça-feira (10) foi de confusa a acalorada. No início, o deputado Adalberto Freitas (PSDB) votou pela admissibilidade do processo, assim como fizeram a Presidente do Conselho, Maria Lúcia Amary (PSDB), o deputado Ênio Tatto (PT), e as deputadas Marina Helou (Rede) e Erica Malunguinho (PSOL), num total de cinco votos. Outros cinco parlamentares votaram contra: Campos Machado (Avante); Professor Kenny (PP); Barros Munhoz (PSDB); Alex Madureira (PL) e Wellington Moura (Republicanos). Após o empate de cinco favoráveis e cinco contrários, Freitas inexplicavelmente mudou o seu voto, fazendo com que o placar ficasse 6 a 4 pela não admissão do processo contra o Delegado Olim.
Fazendo autoelogios à sua atuação como advogado, Campos Machado disse que havia falhas no texto, e que, portanto, ele não poderia sequer ser votado.
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A psolista Malunguinho rebateu os argumentos do deputado do Avante e ainda criticou a postura dos colegas, dizendo que eles estavam fazendo um malabarismo para que o processo não fosse admitido. “Aqui a gente não está nem discutindo sobre o mérito, é sobre a admissibilidade, aí eu estou vendo um malabarismo tal qual outros malabarismos já foram feitos pra que não se admita um processo”, afirmou.