Consulado da Bahia preserva ares de boteco do extinto Mateus Bar
Estabelecimento localizado em Pinheiros mantém atmosfera de botequim e serve receitas típicas
Incentivados por um dos sócios, baiano nascido em Vitória da Conquista, quatro empresários resolveram abrir em Pinheiros o Consulado da Bahia. Escolheram o ponto onde funcionou o extinto Mateus Bar. Do antigo inquilino, o restaurante inaugurado em janeiro conservou a atmosfera de botequim e as mesas na calçada. Para comandar os fogões, foi convidado José Onório, ex-cozinheiro do Bargaço.
Como não há couvert, pode-se abrir a refeição pedindo uma casquinha de siri (R$ 9,00). Outro petisco é o acarajé, oferecido em tamanho grande (R$ 8,00) ou pequeno (R$ 19,00 a porção de quatro unidades). Esse bolinho de feijão-fradinho passa pelo tacho de azeite de dendê até ficar dourado, e chega inteiro à mesa. Cabe ao cliente recheá-lo de vatapá, camarão e vinagrete. Gotas de uma pimentinha brava tornam o acepipe mais saboroso. Dos pratos principais, a lista de moquecas inclui uma versão mista de pescada-amarela e camarão médio (R$ 79,00). Leva azeite de dendê, leite de coco, tomate fresco, pimentão e cebola, além de um toque de coentro na finalização. De guarnição, há o trio arroz, pirão e farofa amarela. Suficiente para dois paladares, a sugestão precisa de vinte minutos para ficar pronta. Todas essas receitas são feitas de maneira simples, sem grande esmero, mas sem desapontar.
Na sobremesa, a cocada cremosa alcança bom resultado. Também vale experimentar o quindim encomendado à Alice Quindins. Cada um desses doces custa R$ 7,00. Embora limitada, a carta de vinhos reúne alguns brancos de boa relação qualidade/preço. São exemplos o argentino Alamos Chardonnay 2008 (R$ 45,00) e o uruguaio Cisplatino Torrontés 2009 (R$ 39,00). Destaca-se o serviço, conduzido com eficiência e sotaque pelo gerente Edvan Santana, nascido em Antas, cidadezinha localizada a 360 quilômetros de Salvador.
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