Coren-SP diz que teve acesso negado ao prontuário de Klara Castanho
Hospital alegou que é preciso aval da paciente para liberar o acesso. Coren apura possível infração ética de enfermeira que teria vazado informações
O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) informou nesta segunda (4) que teve o acesso negado ao prontuário de atendimento da atriz Klara Castanho pelo Hospital Brasil, de Santo André. De acordo com o conselho, o hospital alegou que é preciso ter autorização prévia da paciente.
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Em 25 de junho, a atriz revelou que foi vítima de um estupro, engravidou e teve o bebê, que entregou para adoção logo após o nascimento. Entretanto, a informação, que deveria ser sigilosa, teria sido vazada para jornalistas por uma profissional de enfermagem do hospital.
Desde então, o Coren-SP começou a apurar a possível infração ética praticada pela profissional. O Coren afirmou que está “à disposição da atriz” para que, caso seja da vontade dela, orientar sobre “os procedimentos para encaminhamento de apuração da conduta dos profissionais de enfermagem que a tenham atendido ou de autorização para acesso ao prontuário”.
Klara disse que foi ameaçada pela enfermeira quando ainda estava sob efeito de medicação após o parto. “No dia em que a criança nasceu, eu, ainda anestesiada do pós-parto, fui abordada por uma enfermeira que estava na sala de cirurgia. Ela fez perguntas e ameaçou: ‘Imagina se tal colunista descobre essa história’. Eu estava dentro de um hospital, um lugar que era para supostamente para me acolher e proteger”, escreveu Klara em seu Instagram.
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) também está investigando o vazamento das informações sigilosas.