Um guia com as melhores atrações nipônicas da capital
Do Festival das Cerejeiras até a tradicional feirinha da Liberdade, confira um roteiro com o melhor do Japão na cidade
Um roteiro de endereços e eventos ligados ao Japão em São Paulo, que abriga uma colônia de aproximadamente 400 000 pessoas daquele país.
1. Adega de Sake. Hoje especialista em saquê, Alexandre Tatsuya Iida abriu o negócio em 2004, na Liberdade, quando ainda entendia pouco do assunto. Nove anos mais tarde, reuniu 120 rótulos da bebida — na maior parte importada de pequenos produtores japoneses — em Moema, onde estabeleceu a segunda e maior unidade da Adega. Lá, realizam-se degustações guiadas. Graças ao conhecimento de Iida sobre o assunto, ele foi condecorado com o título de embaixador do saquê, honraria dada a apenas sessenta pessoas no mundo. Alameda dos Nhambiquaras, 1089, Moema, ☎ 4304-0025.
2. Comix Book Shop. Quando falamos em cultura japonesa, a menção às histórias em quadrinhos mostra-se praticamente obrigatória. E não é de hoje que os chamados mangás fazem sucesso por aqui. A Comix Book Shop, uma das maiores lojas do gênero na cidade, abriu as portas em 1986. Com o sucesso do negócio, passou a organizar, em 2001, a Fest Comix, feira dedicada às HQs orientais. Apesar de a loja virtual despachar encomendas para todo o Brasil, vale a pena visitar o espaço físico, que costuma reunir fãs e autores para sessões de autógrafos. Alameda Jaú, 1998, Cerqueira César, ☎ 3088-9116.
3. Consulado do Japão. Vinte anos após as relações diplomáticas entre Brasil e Japão serem estabelecidas, por meio do Tratado da Amizade, Comércio e Navegação, foi instalado em São Paulo o Consulado-Geral do Japão, em 1915. Além de emitir vistos e outros documentos, o espaço atua no apoio a vítimas da bomba atômica que vivem no Brasil e promove eventos culturais. Avenida Paulista, 854, Bela Vista, ☎ 3254-0100.
4. Festa das Cerejeiras. O concorrido evento, que chega à 39ª edição neste ano, convida o público a apreciar mais de 4 000 vistosas cerejeiras, cujas flores representam as novas gerações de japoneses no Brasil. A paisagem faz valer uma enxurrada de selfies. Somam-se ao principal atrativo barracas de comidas típicas e apresentações de dança. Desta vez, a organização espera receber cerca de 50 000 pessoas no Parque do Carmo entre 4 e 6 de agosto. Avenida Afonso Sampaio Souza, 951, Itaquera, ☎ 2748-0010. Grátis.
5. Festival do Japão. Cerca de 150 000 amantes da cultura nipônica devem passar pelo SP Expo Center, entre sexta (7) e domingo (9). Nesse período, acontece a vigésima edição do Festival do Japão, evento que celebra culinária, arte, música e dança tradicionais das 47 províncias que compõem o país. Na programação, há aulas de ginástica e até concurso de beleza. Os ingressos antecipados custam 22 reais; na porta, cobram-se 25 reais. Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, Vila Água Funda, ☎ 5067-1717. Ingressos à venda pelo site https://www.guicheweb.com.br.
6. Japan House. Inaugurado em maio, o centro cultural chegou à Avenida Paulista com a intenção de apresentar aos brasileiros o “novo Japão”, livre de estereótipos. O projeto do governo japonês, que investiu 100 milhões de reais na casa, terá filiais em Londres e em Los Angeles. Até domingo (9), fica em cartaz a exposição Bambu — Histórias de um Japão. No 3º andar, funciona agora a Biblioteca da Fundação Japão. A atração, instalada desde 1994 em outro número da mesma via, reúne milhares de títulos sobre a comunidade e o ensino da língua. Avenida Paulista, 52, ☎ 3090-8900. Grátis.
7. Monumento Tomie Ohtake. Se você costuma circular por São Paulo, com certeza já cruzou com uma das obras da artista plástica japonesa — afinal, são onze espalhadas por aí. Esta da foto ao lado, na Avenida 23 de Maio, na altura do Centro Cultural São Paulo, foi construída em 1988 em homenagem aos oitenta anos da imigração japonesa no Brasil. As lâminas coloridas representam as quatro gerações que vivem no país. A comunidade na capital tem cerca de 400 000 pessoas, de acordo com o Consulado-Geral do Japão em São Paulo. Avenida 23 de Maio, Vila Mariana.
8. Pavilhão Japonês do Ibirapuera. A estrutura chegou ao parque quando a cidade completou 400 anos. Presente do governo japonês e da comunidade nipo-brasileira a São Paulo, a armação chegou desmontada, a bordo de um navio, em 1954. Tornou-se palco de exibições ligadas à cultura oriental, mas só sua arquitetura — inspirada no palácio Katsura, antiga residência do imperador de Quioto — já vale a visita. O ingresso custa 6 reais, mas crianças de 5 a 12 anos pagam meia. Avenida Pedro Álvares Cabral, portão 3, ☎ 5081-7296.
9. Feirinha. Aos sábados e domingos, a praça central do bairro é tomada por barracas coloridas e centenas de turistas. A Feira da Liberdade, que rola todos os fins de semana desde 1975, reúne artesanato e culinária típica. Esse último setor merece destaque graças aos pastéis, yakissobas e tempurás vendidos no pedaço. Aproveite o passeio para visitar mercados, lojinhas e restaurantes ao redor. Avenida da Liberdade, 365.
10. Tanabata Matsuri. Também conhecido como Festival das Estrelas, o evento ornamenta a área desde 1979, sempre em julho. Ramos de bambu e enfeites de papel colorido ganham destaque na decoração, assim como os tanzakus, bilhetes em que os visitantes escrevem seus pedidos e amarram às plantas, prática que é fruto de uma lenda japonesa milenar. Neste ano, a festa chega à 39ª edição e tem vez nos dias 15 e 16. Praça da Liberdade.
11. Ikesaki. A primeira loja do imigrante japonês Hirofumi Ikezaki foi inaugurada em 1964, na Rua Galvão Bueno. De lá para cá, a Ikesaki expandiu-se, virou uma rede e se tornou um ponto de encontro de entusiastas de itens de beleza, manicures e cabeleireiros, que correm para uma das oito unidades do estado quando precisam abastecer seus salões com cosméticos, equipamentos e mobília específicos. É um paraíso do setor. O endereço pioneiro reúne mais de 20 000 itens e promove cursos para profissionais. Rua Galvão Bueno, 37, ☎ 3346-6944.
12. Jardim Oriental. Um lago repleto de peixes, bambus e tradicionais suzurantos (as lâmpadas japonesas) atraem turistas ao Jardim Oriental — um ponto tranquilo no meio da movimentada área. É difícil não sacar o celular para registrar a decoração local, ainda mais vistosa que no restante do bairro. Se o objetivo é comer, vale a pena chegar cedo: nas barracas de comidas típicas formam-se filas na hora do almoço. Rua Galvão Bueno, 72.
13. Museu da Imigração Japonesa. Com acervo de mais de 97 000 itens, de obras de arte a simples utensílios domésticos, a instituição ocupa um endereço histórico. Ali, funcionava no século XX a escola Taisho, a primeira de ensino japonês no Brasil. Filhos de imigrantes eram matriculados para que recebessem uma educação disciplinada típica. Rua São Joaquim, 381, ☎ 3209-5465. R$ 10,00.
14. Templo Busshinji. Se o objetivo é relaxar sem ir muito longe, o endereço pode ser o lugar ideal. No local, que segue a tradição do zen-budismo, é possível aprender a técnica de meditação zazen. Iniciantes participam às quartas e aos sábados, às 18h. Rua São Joaquim, 285, ☎ 3208-4515.