Continua após publicidade

Cresce demanda de aluno de escola privada para estudar no exterior

Colégios criam áreas de internacionalização para dar suporte aos que querem fazer graduação fora

Por Clayton Freitas
Atualizado em 27 Maio 2024, 21h38 - Publicado em 26 ago 2022, 06h00
Alunos do Colégio Santa Cruz seguram passaportes na mão e sorriem
Passaporte carimbado: um em cada quatro alunos formados no Colégio Santa Cruz prefere estudar fora (Alexandre Battibugli/Veja SP)
Continua após publicidade

No último dia 20 de agosto, o estudante Pedro Farina, 19, embarcou para Chicago (EUA), local onde passará quatro anos estudando engenharia biomédica na Northwestern University. Ex-aluno do Colégio Santa Cruz, instituição onde um em cada quatro estudantes já está aprovado em universidades internacionais, Farina integra uma tendência que se observa além dos muros do tradicional colégio do Alto de Pinheiros, na Zona Oeste: a de cada vez mais alunos que concluíram o ensino médio buscarem por graduação fora do país.

+ Após a pandemia, cinema é a atividade cultural que mais perdeu público

Pedro Farina aluno do colégio Santa Cruz.
De casa nova: Farina embarcou no dia 20 de agosto para os EUA (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Ela já é notada em outras escolas, como o Dante Alighieri (alta de 39%), e também é recorrente em instituições como Bandeirantes, Rio Branco, Albert Sabin e Castanheiras. Além disso, o aumento vem sendo aferido em empresas especializadas em prestar assessoria para os estudantes, como o Daqui pra Fora, que registrou um salto de 32% no número de jovens que passaram por todo o processo e foram admitidos para começar os estudos lá fora.

Embora não tenha um departamento específico, o colégio Anglo Chácara Santo Antônio promove simulados de testes de aptidão escolar (SAT, na sigla em inglês), espécie de Enem dos EUA, uma das várias exigências para quem pretende estudar em território americano.

+ Ao menos 6 200 famílias foram alvo de remoções durante a pandemia

A alta procura levou algumas escolas a criar setores específicos para auxiliá-los nesse processo. “Quanto mais as famílias estiverem assessoradas para entender como o processo seletivo ocorre fora do país, maiores serão as possibilidades dos estudantes”, afirma Simone Magalhães, assessora de internacionalização do Albert Sabin.

+ Prefeitura confirma varíola dos macacos em bebê de dez meses

Continua após a publicidade

Em outras instituições, essa orientação já existe há mais tempo, como no caso do Colégio Bandeirantes. “Sair do país é um plano de vida, não uma aventura. É fundamental três tipos de planejamento: financeiro, acadêmico e profissional”, explica José Olavo de Amorim, coordenador do departamento internacional do colégio. Ele diz que a internacionalização é uma visão educacional há algum tempo e que, em média, responde por 10% de todos os alunos que se formam no ensino médio no Bandeirantes.

FernandoPomponi, 16, aluno do Dante
Dante: Fernando Pomponi, 16, está no 1º ano e já se prepara (Dante Alighieri/Divulgação)

Para Renata Condi, coordenadora de inglês e espanhol do programa internacional do Colégio Rio Branco, o término das restrições que surgiram com a pandemia da Covid-19 fez retomar o interesse por parte dos alunos pelo ensino superior no exterior. E os números deste ano já se assemelham aos de 2019. “Mas com um leque de opções de países maior do que anteriormente”, ressalta.

Estudar fora do país é desejo de seis em cada dez brasileiros, de acordo com pesquisa feita pela Business Marketing International (BMI), que realiza o Salão do Estudante. Se a língua já não é mais considerada uma grande barreira, os custos continuam sendo. No caso de universidades americanas, as mais requisitadas pelos estudantes brasileiros, o custo inicial é a partir de 70 000 dólares por ano, o que inclui a acomodação. Na Europa, começa com 10 000 dólares por ano, porém, sem alojamento.

PROCESSOS SELETIVOS NO EXTERIOR

 

A low angle shot of the USA or United States of America flag on a flagpole near skyscrapers under a cloudy sky
(Reprodução/Reprodução)
Continua após a publicidade

América do Norte

Exigências em diferentes âmbitos, segundo o Daqui pra Fora:

> Acadêmico: Histórico escolar, testes (SAT/ACT, Toefl) e Enem (algumas)

> Pessoal: Cartas de recomendação, redação e atividades extracurriculares

> Extras: Entrevistas (presencial nos EUA) e portfólio (no caso de cursos de artes)

+ Capital tem 21 000 famílias recebendo auxílio aluguel

Continua após a publicidade
Concept of brexit referendum and flags
(Reprodução/Reprodução)

Reino Unido e Europa

Exigências em diferentes âmbitos, segundo o Daqui pra Fora:

> Acadêmico: Histórico e testes (Toefl, Ielts para o Reino Unido, e Dele para a língua espanhola), e específico dependendo da universidade e do curso

> Pessoal: Redação e cartas de recomendação

> Extras: Entrevistas e portfólio

Continua após a publicidade

+Assine a Vejinha a partir de 9,90. 

Publicado em VEJA São Paulo de 01 de setembro de 2022, edição nº 2804

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.