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João Doria se desculpa após chamar manifestantes de “vagabundos”

"Acabei me excedendo e respondi à altura que aquele momento pedia", disse o governador

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 fev 2020, 15h54 - Publicado em 17 out 2019, 10h25
João Doria (Reprodução/Instagram)
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João Doria, governador do Estado, usou suas redes sociais na quarta (16) para desculpar-se por ter chamado manifestantes Bolsonaristas de “vagabundos” durante uma etapa regional do evento gastronômico Feito em SP em Taubaté. Na gravação, ele afirma que se “excedeu”.

Em seu vídeo, Doria defende que foi “vítima de uma operação orquestrada por uma turma de baderneiros, de perturbadores, que não têm apreço pela verdade, pela justiça e pela boa educação”. Ainda assim, ele pede desculpas às “outras pessoas que nada tinham a ver com aquele grupo de baderneiros”.  “A minha manifestação não foi para ofender ninguém, nenhuma classe, principalmente de aposentados”, disse.

O rompante de Doria ocorreu após ter sido chamado de “Pinóquio” e “mentiroso” pelos manifestantes munidos de cartazes e caixas de som. O grupo acusava o mandatário de ter surfado na “Onda Bolsonaro”. Como resposta, ele disse ao microfone: “Vai pra casa, vagabundo! Vai comer sua mortadela com a sua mãe, seu sem vergonha. Vai cobrar do Major Olímpio seus ‘duzentinhos’ para vir aqui falar bobagem no microfone. Vai pra casa, aposentado”.

Veja a transcrição do pedido de desculpas e os dois vídeos de Doria:

“Pessoal, com a consciência de quem começou a trabalhar aos 13 anos de idade para ajudar a minha mãe a comprar comida e a pagar a conta de luz da nossa casa e com a história de quem assumiu o governo de São Paulo e doa mensalmente todos os meus salários para o terceiro setor, eu quero dizer que ontem, infelizmente, fui vítima de uma operação orquestrada por uma turma de baderneiros, de perturbadores, que não têm apreço pela verdade, pela justiça e pela boa educação. Eu fui à uma solenidade em Taubaté e lá fui hostilizado por esse pequeno grupo que tentava me impedir de falar, gritando ofensas durante todo o tempo contra mim. E ontem, confesso, eu acabei me excedendo e respondi à altura que naquele momento exigia, sem pensar que também ali haviam outras pessoas que nada tinham a ver com aquele grupo de baderneiros que ali estavam. Essas pessoas que estavam ali para se divertir ao lado dos seus familiares e filhos. Portanto, a essas pessoas, e aos aposentados, eu peço desculpas. A minha manifestação não foi para ofender ninguém, nenhuma classe, principalmente de aposentados. Eu reagi, sim, para responder aquele pequeno grupo de baderneiros que ali estavam, com uma minoria que torce contra, mas eu vou continuar trabalhando, vou continuar fazendo aquilo que sempre fiz ao longo da minha vida, produzindo, criando e agora, no governo, ajudando a criar oportunidades para os brasileiros que vivem em São Paulo. Oportunidades de trabalho e oportunidade de uma vida melhor. Aos arruaceiros, a minha distância e o meu repúdio. Aos aposentados, às pessoas de bem, a essas sim, o meu respeito e a minha admiração.”

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