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Após sinalizar aperto, Doria recua e não anuncia restrições no estado

Centro de Contingência afirma que é preciso tempo para observar o impacto das últimas ações; taxa de isolamento do estado chega a 44%

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 20h32 - Publicado em 17 mar 2021, 16h09
A imagem mostra João Doria, de máscara, segurando um microfone no Palácio dos Bandeirantes. Na mesa em sua frente há a frase "#VacinaJá"
João Doria: governador do estado de São Paulo  (Divulgação/Governo de São Paulo/Veja SP)
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O governador de São Paulo, João Doria, não anunciou novas ações para o combate contra o Covid-19 no estado. Na última segunda-feira (15), Doria afirmou que todo o Brasil está diante de um quadro gravíssimo e que seriam adotas mais medidas.

Em coletiva no Palácio dos Bandeirantes nesta quarta-feira (15), o governador disse que os responsáveis por decidirem pela adoção de ações mais restritivas são os profissionais do Centro de Contingência para o Covid-19, e não ele e nem a imprensa. 

“Tudo aquilo que o centro de contingência nos recomendar, nós adotaremos. Se o centro recomendar medidas mais duras, nos próximos dias, nós adotaremos. Aqui não há posição contrária, nem posição do governo, nem posição da economia, nem da política, nem da Alesp, nem da imprensa, nem de nenhum setor, e muito menos de extremistas, de um lado ou de outro. O que a saúde recomendar, nós adotaremos”, afirmou o governador. 

Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência, disse que ainda é preciso esperar para observar os efeitos da fase emergencial antes de serem adotadas novas ações. “Semana passada já foram tomadas medidas muito firmes e que impactam a vida da grande maioria da população de São Paulo. Nós precisamos de tempo para poder observar o impacto dessas medidas. Nós estamos acompanhando e, ao mesmo tempo, estamos discutindo se há necessidade de outras medidas”, explica. 

José Medina, também membro do Centro de Contigência, falou sobre a possibilidade de um lockdown. “Quando fala em lockdown, parece que vamos resolver tudo com ele. Estamos tentando resolver com medidas que são restritivas, mas que não têm essa característica de fechar inteirinho o estado, todas as atividades”. Segundo ele, a adoção do lockdown poderia resultar em desabastecimento, impactos na cadeia de produção e instabilidade social. 

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O Secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que este é o momento mais crítico do sistema de saúde de  São Paulo desde que começou a pandemia. Atualmente, o estado está na fase emergencial do plano de reabertura, com medidas mais duras de restrição, que se estendem até o dia 30, e tem como objetivo conter a sobrecarga em hospitais de todo o estado e frear o aumento de novos casos, internações e mortes pelo coronavírus.

O governo do estado informou que a taxa de isolamento melhorou em um ponto percentual em relação à última segunda-feira (15), passando de 43% para 44%. Menezes afirmou também que houve uma queda de 61% dos passageiros do metrô, CPTM, EMTU, e mais outras empresas da rede, mas que ainda não é o suficiente. 

Recorde de mortes

O estado de São Paulo registrou o maior número de mortes por Covid-19 em 24h nesta terça-feira (16), com 679 mortes, segundo dados do governo. Nas últimas 24h, mais 17.684 casos de Covid-19 foram registrados. No estado, o total de óbitos ocasionados pelo coronavírus chegou a 64.902 e os casos de infecção pelo vírus totalizam 2.225.926.

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O recorde anterior de mortes havia sido na última sexta-feira (12), quando o estado chegou a 521 óbitos em um intervalo de 24h. Ou seja, em pouco menos de uma semana, houve um aumento de 28,2% no número de mortes por Covid-19.

O número de pacientes internados também é recorde, com 24.992 pessoas em hospitais de todo o estado. Desses pacientes, 10.756 estão em UTI e 14.236 em enfermaria. É o terceiro dia consecutivo que o número de pacientes em UTI ultrapassa a marca de dez mil. A taxa de ocupação nas UTIs no estado está em 90% e na Grande São Paulo já acumula 90,6%.

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