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Empresa japonesa é uma das interessadas no Estádio do Pacaembu

Muito ligada ao mundo do futebol, a Rakuten foi anunciada em novembro do ano passado como patrocinadora do Barcelona

Por Mariana Zylberkan Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
13 mar 2017, 14h38
Estádio Pacaembu: concessão aprovada (Pablo de Souza/Veja SP)
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A empresa japonesa de e-commerce Rakuten é uma das interessadas na concessão do Estádio do Pacaembu, um dos equipamentos que será disponibilizado pela gestão Doria à iniciativa privada. Representante da companhia esteve recentemente na Secretaria Municipal de Desestatizações, antiga SP Negócios, para protocolar interesse no negócio, que chegou a ser cogitado por clubes paulistas, como o Santos e a Portuguesa.

Com escritório em São Paulo desde 2011, a empresa foi fundada em 1997 e é conhecida como a “Amazon japonesa” por sua grande penetração no mercado de vendas online. Muito ligada ao mundo do futebol, a Rakuten é proprietária de campos de golfe e estádios de futebol no Japão, além de ter sido  anunciada em novembro do ano passado como a nova patrocinadora do badalado clube Barcelona na temporada 2017/2018.

Como o Plano Municipal de Desestatização ainda não foi apresentado pelo Executivo à Câmara Municipal, o que deve ser feito nas próximas semanas, a equipe de Doria e representante da empresa não puderam avançar em relação ao modelo de negócio a ser adotado. Assim como a Rakuten, a SP Negócios, quartel-general do programa de desestatização municipal, tem apenas recebido as manifestações de interessados.

O projeto de lei irá criar regras para o destino do dinheiro arrecadado com a concessões e privatizações por meio do Fundo Municipal de Desestatização e Parcerias (FMDP). Além disso, o projeto a ser votado pelos vereadores institui o Conselho Municipal de Desestatização e Parcerias (CMDP), que irá propor o destino dos recursos provenientes da desestatização além de sugerir ao prefeito a inclusão ou exclusão de bens e serviços à lista de desestatizações.

Apesar de algumas negociações com a iniciativa privada já serem previstas em lei, como a venda do Anhembi e a concessão dos terminais de ônibus, o projeto de lei representa uma tentativa da gestão Doria de homogenizar o processo, além de evitar mal estar com a Câmara Municipal.

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O Bilhete Único e a gestão dos cemitérios estão entre os equipamentos que mais têm recebido interessados. Cada um teve nas últimas semanas mais de dez manifestações de interesse. Empresas brasileiras que cuidam de cemitérios privados e fundos de investimento imobiliário americanos estão de olho na administração dos 22 cemitérios municipais, que reúnem cerca de 2 000 jazigos e a média de 220 enterros por dia.

A bilhetagem do transporte público municipal interessa a financeiras e administradoras de cartões de crédito principalmente pelo fato de boa parte dos 15 milhões de cartões ativos pertencerem a pessoas que ainda não possuem conta em banco. Apesar do alto custo da operação do Bilhete Único – 450 milhões de reais por ano –, as empresas têm interesse na concessão por causa da possibilidade de transformar o cartão em um sistema multiuso que serviria até para pagar viagens com carros chamados pelo aplicativo Uber e táxis, entre outras possibilidades.

Na lista de desestatizações, estão também o complexo do Anhembi, os 107 parques municipais, os 29 terminais de ônibus e imóveis inativos pertencentes ao poder municipal.

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Autódromo de Interlagos

A concessão do Autódromo de Interlagos é uma das iniciativas que têm representado mais resistência por parte dos vereadores. Grupos que orbitam em torno do autódromo, como clubes de motor, associações de automobilismo e pilotos têm se reunido com parlamentares para acompanhar o processo de desestatização e propor mudanças. A reclamação recorrente é em relação à prioridade dada à Fórmula 1, o que acaba onerando e jogando de escanteio as outras modalidades automobilísticas.

Para garantir a boa receptividade dos vereadores ao projeto de concessão, a gestão Doria estuda oferecer em contrapartida o compromisso em duplicar a Ponte Jurubatuba, na Avenida Interlagos. Antiga reivindicação dos moradores da Zona Sul da capital, o aumento da capacidade de fluxo de veículos na ponte seria custeado com parte da verba oferecida pela iniciativa privada em troca da concessão, que deve incluir projeto para a construção de hotel, museu e restaurantes no terreno do autódromo.

Investidores árabes do Qatar vieram a São Paulo para pedir mais informações sobre o processo de desestatização do autódromo enquanto o prefeito João Doria viajou aos Emirados Árabes. O conglomerado de telecomunicações americano Liberty Media Corporation, que comprou a Fórmula 1 em acordo avaliado em 8,5 bilhões de dólares, também está entre os interessados no negócio.

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