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Cursos preparatórios ajudam a disputar vagas de graduação no exterior

Confira quanto custa o empurrãozinho extra em três empresas

Por Guilherme Queiroz
Atualizado em 14 fev 2020, 16h01 - Publicado em 15 jun 2018, 06h00
Prédio da Columbia College Chicago (Jacob Boll/Veja SP)
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No último ano, 36 000 estudantes brasileiros foram para fora do país fazer um bacharelado, segundo a Associação Brasileira de Viagens Educacionais e Linguísticas, a Belta. Trata-se de uma fatia especialmente qualificada no mercado de intercâmbios, que movimentou 3 bilhões de dólares, ou 11 bilhões de reais, em 2017, um crescimento de 23% em relação a 2016.

De olho nesse público, as agências de intercâmbio têm investido em programas preparatórios para quem deseja disputar uma vaga de graduação em instituições estrangeiras. No Student Travel Bureau (STB), a procura por serviços do gênero teve um aumento de 40% nos últimos seis meses. “O acesso cada vez mais concorrido às melhores universidades brasileiras e fatores como a insegurança pública nas grandes cidades são aspectos decisivos para explicar essa alta”, afirma a vice-presidente do STB, Christina Bicalho. “Muitas famílias do interior mandavam seus filhos para as capitais e agora preferem o exterior”, acrescenta. Estados Unidos, Canadá e Reino Unido são os líderes em número de universitários brasileiros.

Ao contrário do que ocorre nas faculdades do Brasil, em que a seleção pelo vestibular é quase unânime, as universidades de fora têm processos de admissão diferentes em cada país. “Aconselhamos os alunos a procurar as agências logo no começo do ensino médio”, conta Humberto Costa, diretor de universidades da CI. “Cada faculdade tem requisitos específicos, e nós analisamos o que o aluno precisa para conseguir entrar na instituição que almeja.”

Enzo De Marchi
“Meu objetivo é incrementar meu currículo”, diz Enzo De Marchi (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Estudantes que se interessam pela Inglaterra, por exemplo, devem fazer um curso conhecido como Foundation Year, no próprio Reino Unido. Isso porque o currículo escolar brasileiro dura doze anos, e o britânico, treze. Para países como Estados Unidos, Canadá e Austrália, o serviço oferecido inclui o acompanhamento de um tutor que orienta o estudante e auxilia no cumprimento de demandas como comprovação do nível de proficiência do idioma local, cartas de recomendação e documentação.

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Antes de ingressar, em 2017, no curso de design de teatro do Columbia College Chicago, nos EUA, Enzo De Marchi buscou a STB. “Sem a orientação, que durou dois anos, seria difícil entrar lá”, afirma o rapaz, de 19 anos. “Cheguei a visitar o meu tutor três vezes por semana para que ele me ajudasse com as dissertações e me desse dicas para redigir os textos.”

Além do teste de proficiência em inglês, ele fez um cursinho indicado pela agência para depois prestar o SAT, espécie de Enem americano. O investimento, acredita ele, será recompensado. “Meu objetivo é incrementar o meu currículo com atividades acadêmicas, que me darão maior destaque no mercado quando eu voltar para o Brasil.”

O preço do empurrãozinho

Quanto custam os programas de três empresas

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CI Central de Intercâmbio, ☎ 4580- 8440. Serviço de mentoria e definição dos pré-requisitos para as universidades de interesse do estudante. A partir de 1 500 reais.

EF Education First, ☎ 2122-9000. Foundation Semestre, em Nova York. Oferece aprofundamento na língua inglesa. Seis meses. 20 880 dólares. Foundation Year, em Oxford. Último ano do currículo escolar britânico. Nove meses. 31 225 dólares.

STB Student Travel Bureau, ☎ 3038-1551. Programa de acompanhamento no processo de aplicação nas universidades estrangeiras. O preço varia de acordo com a moeda local e as demandas do processo. Custa na faixa de 500 dólares ou euros, dando direito a aplicações em até seis instituições conveniadas.

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