Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br

Falta de medicamentos atinge rede pública em São Paulo

Dados do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do estado mostram que ao menos 43 medicamentos hospitalares estão em falta

Por Clayton Freitas
Atualizado em 27 Maio 2024, 21h47 - Publicado em 8 jul 2022, 06h00
Farmácia no centro de São Paulo.
 (Alexandre Battibugli/Veja SP)
Continua após publicidade

Para conseguir comprar o antialérgico para cuidar da filha, a assistente de marketing Ana Carolina Alves, 42, ligou para seis farmácias do bairro onde mora, na Vila Mariana, na Zona Sul. “Estava mais fácil achar uma nota de 200 no meu bolso”, diz. Segundo o gerente de farmácia Maurício Costa, 46 anos, a irregularidade no fornecimento de produtos começou no início deste ano e se acentuou. “Ou está faltando ou o preço aumentou muito”, explica.

Sondagem feita pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo mostrou que 95,52% dos farmacêuticos relataram falta de algum produto, mesmo os mais simples como antibióticos, analgésicos, anti- histamínicos e mucolíticos, muito usados para combater as doenças sazonais de inverno.

+ Paciente do interior de SP mobiliza helicóptero Águia para transplante na capital

Um levantamento exclusivo feito pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems/SP) a pedido da Vejinha constatou que o problema atinge ao menos 54 municípios paulistas. Dados do dia 5 de julho revelam que dezesseis remédios básicos, tais como amoxicilina, dipirona, cefalexina, ibuprofeno e sertralina, estavam em falta.

Quando a análise é feita levando em conta os medicamentos hospitalares, a lista chega a 43. “Muitas vezes os fornecedores nem se interessam em participar da licitação para a compra dos medicamentos”, afirma Dirce Marques, assessora técnica do conselho. Segundo ela, é preciso pedir ao médico alternativas de substituição da medicação.

Continua após a publicidade

+ CASACOR SP: Senses Hall Deca mistura contemporâneo e minimalismo oriental

A Secretaria Municipal de Saúde informou que a maior parte dos 273 itens comprados mensalmente está disponível. As faltas se dão a fatores externos recentes, como o fechamento dos portos da China devido ao avanço da Covid-19 e a guerra na Ucrânia, que provocam escassez de matéria-prima.

Norberto Prestes, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos, diz que o país produz apenas 5% da matéria-prima e o cenário externo não é nada animador. “O valor do insumo aumentou 200% e a logística, 300%.” Para o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos, os problemas foram pontuais e se devem à alta da demanda.

Continua após a publicidade

  +Assine a Vejinha a partir de 9,90. 

Publicado em VEJA São Paulo de 13 de julho de 2022, edição nº 2797

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Digital Completo
Impressa + Digital
Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.

Apenas R$ 1,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.