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Governo determina fechamento de bares com suspeita de bebida com metanol

Força-tarefa do estado prendeu dois suspeitos e apreendeu 50 000 garrafas de bebidas sob suspeita de adulteração

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 set 2025, 14h45 - Publicado em 30 set 2025, 14h28
Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo
Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo (Governo de SP/Reprodução)
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou nesta terça-feira (30) uma série de medidas contra a adulteração de bebidas alcoólicas com metanol, que já causou cinco mortes no estado.

Foi determinada a interdição cautelar de bares e estabelecimentos onde surgiram casos confirmados ou suspeitos de intoxicação por metanol. A ação tem o intuito de aprofundar as investigações e cruzar informações da Polícia Civil e da Secretaria de Fazenda para tentar detectar a origem.

“Não há evidências de participação do crime organizado, diversos inquéritos foram abertos e são pessoas que fraudam rotineiramente as bebidas”, disse o governador. “Vamos repensar as fiscalizações dessas bebidas, que é um problema não só fiscal, mas de saúde pública”, acrescentou.

Tarcísio também divulgou a criação de um gabinete de crise composto por representantes da Secretaria de Segurança Pública e da pasta da Saúde.

A força-tarefa do governo estadual prendeu dois suspeitos e apreendeu 50 000 garrafas de bebidas. Três departamentos da polícia atuam nas investigações.

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O foco das ações é identificar e desarticular fábricas clandestinas e distribuidoras envolvidas na comercialização de bebidas contaminadas. Quatro distribuidoras já foram identificadas como suspeitas.

O que é o metanol?

O metanol é um álcool utilizado como adulterante de combustível de automóvel e de bebidas alcoólicas, por fábricas clandestinas e falta de controle rigoroso na fabricação. Também é encontrado em fluido limpador de para-brisas e é matéria-prima para a fabricação de biodiesel.

Embora o metanol em si não seja tóxico, a toxicidade surge da metabolização no corpo, que forma metabólitos tóxicos para o organismo, especialmente para o sistema nervoso central.

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Quando o metanol é ingerido, ele é metabolizado por uma enzima chamada álcool desidrogenase e vira um formaldeído. Posteriormente, é transformado em ácido fórmico por outra enzima chamada aldeído desidrogenase. Os produtos dessa transformação são responsáveis pelas alterações gastrointestinais, neurológicas e pelo depósito direto do álcool no aparelho ocular.

Uma dose letal pode variar de 30 a 240 ml.

Sintomas de intoxicação por metanol

As manifestações clínicas da intoxicação por metanol começam a acontecer de 12 a 24 horas após a ingestão da substância e incluem:

  • alterações de comportamento;
  • sonolência;
  • incoordenação;
  • dor abdominal;
  • enjoo;
  • vômito;
  • dor de cabeça;
  • alterações visuais, como visão dupla, turvação visual, redução da acuidade visual e até cegueira;
  • em alguns casos, alterações hemodinâmicas, como queda da pressão arterial e aumento dos batimentos cardíacos.
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