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Metroviários decidem fazer greve nesta quinta-feira

O rodízio de veículos está suspenso na capital paulista

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 mar 2023, 02h23 - Publicado em 22 mar 2023, 23h03
Homem espera metrô parar para entrar no vagão, que está em movimento
 (Rovena Rosa/Agência Brasil/Creative Commons)
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Os metroviários de São Paulo aprovaram a realização de uma greve a partir da 0h desta quinta (23) e por pelo menos 24 horas. Funcionários do Metrô fizeram uma assembleia na noite desta quarta-feira (22). Eles reivindicam abono salarial  para repor o não pagamento das PRs (participação nos lucros) de 2020 a 2022, revogação de algumas demissões e contratação de outros trabalhadores.

Os trens das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata terão circulação restrita durante a quinta-feira. As linhas 4-Amarela e 5-Lilás funcionarão normalmente.

 A greve foi definida  em assembleia por 51,83% dos votantes. Outros 45,21% votaram não e 2,96% se abstiveram.ncionarão normalmente.

A Prefeitura de São Paulo decidiu suspender o rodízio de veículos. O Metrô afirma que acionará seu plano de contingência para “minimizar os transtornos a quem precisa do transporte, possibilitando o funcionamento de trechos importantes do sistema”.

Leia a íntegra da nota do metrô sobre a paralisação dos metroviários:

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“O Metrô entende que não há justificativa para que o Sindicato dos Metroviários declare greve reivindicando o que já vem sendo cumprido pela empresa, sendo que tal atitude só prejudica a população que depende do transporte público. 

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O Metrô empenhou todos os esforços para atender aos pleitos do Sindicato, em acordo com a realidade econômica da Companhia. Essa realidade não possibilita o pagamento de abono salarial neste momento, já que a empresa teve significativas quedas de arrecadação pela pandemia e não teve ainda o retorno total da demanda de passageiros, se comparada a 2019. 

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Ainda assim, a empresa cumpre integralmente com o Acordo Coletivo de Trabalho e com a regra estabelecida para a política de progressão salarial aos seus funcionários. Também concedeu de forma excepcional a progressão na carreira superior a regra estabelecida para os anos de 2020, 2021 e 2022. 

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O Metrô acionará seu plano de contingência para garantir o funcionamento mínimo do sistema e conta com o bom senso da categoria para não prejudicar o transporte de milhões de pessoas. 

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Importante destacar que a Companhia aumentou os salários de seus funcionários em 20% nos últimos 2 anos, enquanto o salário-mínimo teve aumento de 17%. Enquanto a maioria das empresas demitiam ou diminuíam o salário, o Metrô aumentou os salários, mesmo com prejuízo causado pela pandemia. O salário médio do funcionário do Metrô com gratificação por tempo de serviço é de R$ 10 mil e, se somarmos aqui os vales refeição e alimentação, o valor chega a R$ 11,5 mil, além de outros benefícios acima da média, muito além dos exigidos pela CLT, como previdência suplementar, plano de saúde sem mensalidade, hora extra de 100% (CLT determina 50%), adicional noturno de 50% (CLT determina 20%), abono de férias em cerca de 70% (CLT determina 1/3), gratificação por tempo de serviço 1% do salário-base por ano trabalhado; complemento salarial para afastados e auxílio creche/educação de R$ 854 e auxílio creche/educação para filhos com deficiência de R$ 1,7 mil, dentre outros, o que não é a realidade atual de mais de 90% da população brasileira.”

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