Depois de ficar quatro anos literalmente jogado às traças, o hidroavião italiano Jahú, da década de 20, está novinho em folha. “Encontramos a aeronave abandonada em um hangar do Campo de Marte”, conta João Velloso, presidente da Helipark, empresa de serviços para helicópteros que bancou a reforma. “A madeira estava podre e toda corroída por cupins.” Conhecido como “pássaro de fogo”, o Jahú ficou famoso quando, em 1927, o paulista João Ribeiro de Barros fez com ele um vôo sem apoio de navios sobre o Atlântico. Seu destino, no entanto, é incerto. De acordo com a Fundação Santos Dumont, dona do avião, a TAM tem interesse em levá-lo para um museu da companhia, em São Carlos, e a prefeitura de Jaú, terra natal de Barros, quer que ele vá para lá. Só é certo que o hidroavião não sairá de São Paulo voando. “Sua estrutura não agüentaria”, diz Velloso.