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O molho da vez: ketchup Strumpf ganha espaço em casas paulistanas

A receita, feita artesanalmente, é criação de Flavia Strumpf e anda fazendo sucesso em lanchonetes badaladas da cidade

Por Gabrielli Menezes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 dez 2017, 06h00 - Publicado em 22 dez 2017, 06h00
Flavia no bar Underdog: cerca de 175 000 unidades vendidas neste ano (Leo Martins/Veja SP)
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Pedaçudo é a palavra que a psicóloga Flavia Strumpf usa para definir o ketchup que leva seu sobrenome no rótulo. O consumidor entende o motivo na primeira prova, ao mordiscar os generosos nacos de tomate espalhados no molho. Com efeito, o fruto representa 60% da receita. “Temos quase o dobro de polpa em relação a alguns concorrentes”, afirma. Esse é um dos segredos do produto que tomou o lugar de gigantes do ramo como Hellmann’s e Heinz nas mesas de algumas badaladas lanchonetes paulistanas.

O sabor mais ardido vem pela utilização de curry e da pimenta indiana bhut jolokia na fórmula. O sucesso provocou um aumento de 75% na produção neste ano — foram 175 000 unidades vendidas — e um crescimento de 45% no faturamento, que, segundo estimativa, deverá atingir a ordem dos 3 milhões de reais em 2017.

Lançado em 2014, o Strumpf foi inspirado em um similar de um restaurante de Londres, na Inglaterra. Para chegar à composição, Flavia passou quase dois anos realizando testes. Hoje a produção é feita na gigantesca cozinha de 120 metros quadrados instalada na antiga cocheira do sítio da família em Itu, a 104 quilômetros da capital.

Resolvida a questão culinária, a grande sacada para o crescimento do negócio foram as parcerias firmadas com casas badaladas da cidade, que representam mais de metade das vendas. “Oferecemos a criação de um rótulo personalizado e a possibilidade de o estabelecimento se tornar um ponto de distribuição”, explica Eduardo Strumpf, pai de Flavia e responsável pelo setor comercial da empresa.

Entre os clientes estão as hamburguerias Lanchonete da Cidade e Meats e o bar Underdog. “Os próprios fregueses notam a qualidade diferente”, diz o chef Chico Ferreira, sócio das quatro unidades do restaurante Le Jazz. Empórios como Eataly, St Marche e Casa Santa Luzia também oferecem o produto. Além de três sabores de ketchup (tradicional, apimentado e defumado), há um molho barbecue e uma recém-criada mostarda, feita com grãos importados do Canadá. Cada pote (470 gramas) custa, em média, 24 reais. No próximo ano, a empresa pretende lançar uma linha de maioneses.

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