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Auditores encontram violações de direitos trabalhistas no Lollapalooza

O Ministério do Trabalho e do Emprego notificou a empresa T4F (Time For Fun) por situação análoga à escravidão na preparação do festival

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 Maio 2024, 09h01 - Publicado em 27 mar 2023, 11h29
Lollapalooza-sp
Edição de 2022 do Lollapalooza Brasil (Flashbang/Divulgação)
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Duas vistorias do Ministério do Trabalho e Emprego na última semana encontraram violações de direitos trabalhistas de funcionários dos bares e da montagem do festival Lollapalooza Brasil, organizado pela T4F (Time For Fun).

Conforme revelado em reportagem da agência Repórter Brasil, a primeira fiscalização, que aconteceu na quarta-feira (22), resgatou cinco trabalhadores da empresa terceirizada Yellow Stripe.

Eles relataram que eram obrigados a dormir em um depósito, sobre papelões, após jornadas de 12 horas, para “vigiar a carga”. Os trabalhadores têm entre 22 e 29 anos e, sem registros trabalhistas, carregavam bebidas na preparação do evento.

Após a denúncia, a T4F rescindiu o contrato com a terceirizada e garantiu todos os direitos trabalhistas aos funcionários. “A T4F considera este um fato isolado, o repudia veementemente e seguirá com uma postura forte diante de qualquer descumprimento de regras pelas empresas terceirizadas”, diz a nota (leia a íntegra abaixo).

Dois dias depois, na sexta-feira (24), auditores fiscais fizeram uma segunda vistoria no Autódromo de Interlagos, em ação realizada pela Superintendência Regional do Trabalho no Estado de São Paulo, e relataram jornadas irregulares de trabalho, sem remuneração por hora extra e descanso adequado previsto em lei.

Dessa vez, os funcionários seriam contratados da empresa que substituiu a Yellow Stripe, a Team Eventos. A empresa terceirada afirmou, em comunicado, que em menos de 24 horas teve que “mobilizar grande contingente de pessoal”, que foi contratada em “caráter emergencial” e que está trabalhando nas “adequações cabíveis”. Confira o texto na íntegra no final desta matéria.

A T4F também se pronunciou sobre a segunda fiscalização, afirmando que “tem firme compromisso com o respeito às pessoas e à legislação”, e que solicitou “imediata regularização e o encaminhamento das comprovações”.

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Leia a nota da T4F na íntegra:

Para realizar um evento do tamanho do Lollapalooza Brasil, que ocupa 600 mil metros quadrados no Autódromo de Interlagos e tem a estimativa de receber um público de 100 mil pessoas por dia, o evento conta com equipes que atuam em diferentes frentes de trabalho, em departamentos que variam da comunicação a operação de alimentos e bebidas, da montagem dos palcos a limpeza do espaço e a segurança. São mais de 9 mil pessoas que trabalham diretamente no local do evento e são contratadas mais de 170 empresas prestadoras de serviços.

A T4F, responsável pela organização do Lollapalooza Brasil, tem como prioridade que todas pessoas envolvidas no evento tenham as devidas condições de trabalho garantidas e, portanto, exige que todas as empresas prestadoras de serviço façam o mesmo.

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Nesta semana, durante uma fiscalização do Ministério do Trabalho no Autódromo de Interlagos, foram identificados 5 profissionais da Yellow Stripe (empresa terceirizada responsável pela operação dos bares do Lollapalooza Brasil), que, na visão dos auditores, se enquadrariam em trabalho análogo à escravidão. Os mesmos trabalharam durante 5 dias dentro do Autódromo de Interlagos e, segundo apurado pelos auditores, dormiram no local de trabalho, algo que é terminantemente proibido pela T4F. 

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Diante desta constatação, a T4F encerrou imediatamente a relação jurídica estabelecida com a Yellow Stripe e se certificou que todos os direitos dos 5 trabalhadores envolvidos fossem garantidos de acordo com as diretrizes dos auditores do Ministério do Trabalho. A T4F considera este um fato isolado, o repudia veementemente e seguirá com uma postura forte diante de qualquer descumprimento de regras pelas empresas terceirizadas.

Leia a nota da Team Eventos na íntegra:

A propósito dos questionamentos , esclarecemos :

1 -Fomos contratados em caráter emergencial no dia 22/03/2023 , em função do rompimento de contrato com a antiga prestadora de serviço

2- Em menos de 24 horas tivemos que mobilizar grande contingente de pessoal e promover ajustes em nossa operação a fim de realizar o serviço

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3 – Já no dia 24/03/2023 , no inicio da nossa operação fomos submetidos a processos de inspeção por parte do Ministério do Trabalho. Em respeito as determinações apresentadas , estamos trabalhando nas adequações cabíveis

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