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“Foram minutos de terror”, diz mãe que teve filha trocada em maternidade de São Paulo

Caso aconteceu no Santa Joana na tarde de quarta-feira (29). Famílias pediram exame de DNA e pretendem processar o hospital

Por Tatiana Izquierdo
Atualizado em 1 jun 2017, 16h54 - Publicado em 30 abr 2015, 20h53
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bebe_maternidade2 ( Reprodução/Facebook/)
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Na tarde de quarta-feira (29), Ana Paula Silveira e o marido, Victor Hugo Paulino, viveram minutos de terror ao notar que sua filha, Alice, havia sido trocada por outro recém-nascido na Maternidade Santa Joana, uma das maiores de São Paulo. 

Após o parto cesárea, que aconteceu às 13h50, Ana Paula chegou ao quarto por volta das 18h. Segundo ela, a equipe da maternidade informou que a menina chegaria na sequência. Após uma longa espera, o pai da recém-nascida foi ao bercário buscar informações. O casal afirma que as enfermeiras pareciam apreensivas e que os berços não estavam identificados. Ana Paula conta que o marido havia escutado outros pais comentando sobre uma susposta confusão no berçário, causada por uma troca de pulseirinhas de identificação de bebês nascidos naquele dia. 

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Perto das 21h, o pai voltou ao local para cobrar os responsáveis. Alice só chegou ao quarto às 22h. A confusão foi constatada quando as enfermeiras informaram aos pais que seria preciso arrumar a pulseirinha no braço “por causa da troca de plantão”. Desconfiado, Victor Hugo pediu que a enfermeira tirasse a roupa da criança e viram que se tratava de um menino. “Vivemos momentos de terror. Foi a pior sensação do mundo”, afirma Ana Paula. “Achamos muito estranho. Logo que minha filha nasceu, três pulseirinhas foram colocadas ainda no centro cirúrgico e os médicos avisam que elas nunca saem das crianças. Foram duas nos braços e uma na perninha”, conta ela, abalada.

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Rafael, o menino que foi levado para Ana Paula e Victor, é filho de Juvenice Rodrigues de Souza e Alberto Silos Reis, que estavam no quarto ao lado e receberam Alice. No meio da confusão, uma parente de Juvenice entrou no quarto de Ana Paulo com Alice no colo e afirmou que aquele bebê não era o de sua prima. A reportagem de VEJA SÃO PAULO ainda não conseguiu contato com a Juvenice e o marido.

“O mais incrível nessa história toda era que até as roupas estavam todas trocadas. As enfermeiras vestiram a Alice com roupas de menino e o Rafael, todo de rosa, com as roupas da Alice. É um absurdo!”, diz Ana Paula.

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Ambos os casais ainda estão na maternidade. Um exame de DNA foi realizado e o resultado deve sair em dez dias, mas os bebês já foram destrocados. “Até lá, minha filha não vai mais para o bercário, até banho eu pedi para as enfermeiras darem no quarto. Eu só quero ir embora daqui o quanto antes”, desabafa Ana Paula. Na tarde desta quinta-feira (30), os pais das crianças foram à polícia registrar um boletim de ocorrência. As famílias afirmam que vão processar o hospital.

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Por meio de sua assessoria de imprensa, a Maternidade Santa Joana informa que “instalou um comitê interno para acompanhar a apuração dos fatos. O hospital diz que, pelos procedimentos-padrões e recursos tecnológicos da maternidade, não seria possível que este evento se confirmasse. “Pelas normas de segurança em vigor na instituição, seria impossível que uma criança saísse do hospital sem a presença de sua mãe biológica.”

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