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“Hoje Russomanno certamente está mais maduro”, diz Marcos da Costa

O vice do candidato do Republicanos acredita que houve reflexão sobre o insucesso nas eleições anteriores

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 17h28 - Publicado em 2 out 2020, 00h40
 (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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Ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo, o advogado Marcos da Costa, 56, estava na fila do registro da candidatura a prefeito quando seu partido mudou de ideia e decidiu apoiar a chapa de Celso Russomanno. Como vice, pretende atuar em alguma secretaria, especialmente se for voltada para a pessoa com deficiência. Em 2015, Costa sofreu um acidente de carro e teve uma das pernas amputadas.

O senhor seria candidato a prefeito, mas o PTB mudou de ideia, por pressão de Roberto Jefferson. Ele, inclusive, chamou o senhor de petista.

Ele não me conhecia pessoalmente. Acredito que as informações que chegaram foram equivocadas. Peguei um avião e fui me apresentar. Foi uma conversa de poucos minutos. O Roberto me conheceu e compreendeu minhas defesas às bandeiras do PTB. Defesa do trabalho, empreendedorismo, preocupação com a cidade.

Outra possibilidade aventada era o senhor sair candidato a vereador pelo PSDB, mas sua filiação não prosperou.

Fui convidado por todos os partidos. Recusei a filiação quando era presidente da OAB. Eu era muito combativo e podiam achar que tinha a ver com situação politico-partidária. Voltei a receber convites depois que saí da OAB. E acabei optando pelo PTB. Não para sair candidato, para começar a construir plataformas de políticas públicas.

Russomanno saiu na frente duas vezes na corrida eleitoral paulista, mas perdeu. Qual estratégia ele usará agora?

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Não convivi nas duas eleições anteriores. Hoje ele certamente está mais maduro, mais experiente. Fez uma reflexão sobre o que levou nas eleições anteriores a não ter êxito.

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Não conceder entrevistas, como ele vem fazendo, é uma dessas estratégias?

Não sei te responder.

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Marcos da Costa e Celso Russomanno
(Fotos: Alexandre Battibugli/Veja SP e Heitor Feitosa/Divulgação)

O senhor é a favor da volta às aulas imediatamente? Mandaria seus filhos para a escola?

Meus filhos são grandes, não seria o caso, mas estamos entrando em outubro. Para este ano, eu teria dificuldade, na minha casa, de defender a bandeira de que eles teriam que ir para a aula.

O presidente Bolsonaro vai subir no palanque dos senhores?

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Não sei, não vou especular. Acredito que ele deva. O Russomanno é vice-líder do partido na Câmara, da base de apoio do presidente. Tenho certeza que ele vai levar em consideração (a subida ao palanque). Seja agora, seja no seguro.

De que forma o senhor pretende trabalhar em uma possível gestão de Russomanno?

Pode ser na área jurídica, que entendo bastante, ou na de acessibilidade, um tema que me é caro. Sofri um acidente de carro em 2015 e uso prótese.

Como foi receber a notícia da amputação?

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Fiquei 54 dias internado. Foram quatorze cirurgias para tentar recuperar a perna. Chegou um determinado momento que percebi a longa jornada que teria pela frente. Seriam mais dois anos de novas cirurgias, remédios fortes, sem falar no risco de contrair infecção hospitalar. Achei melhor partir para a amputação. Em um mês eu já conseguia me levantar.

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Publicado em VEJA São Paulo de 7 de outubro de 2020, edição nº 2707.

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