Maria Gadú
A cantora e compositora se firma em 2010 com uma turnê ao lado do ídolo Caetano Veloso e o lançamento de DVD ao vivo
A mãe da cantora e compositora Maria Gadú gostava de cantarolar canções de Caetano Veloso para a filha. “Alegria, Alegria” era uma delas. Quando começou a se apresentar em barzinhos, na adolescência, a moça expandiu o repertório para temas como “O Quereres”, “Beleza Pura” e “Menino do Rio”.
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Por todo esse histórico, a paulistana de 24 anos ainda se surpreende durante a turnê de voz e violão que tem feito com o próprio ídolo. “Às vezes, no meio do show, eu levo um susto ao ver que há ‘um’ Caetano ao lado.”
Radicada no Rio de Janeiro — mora na Lagoa —, Maria emplacou outros êxitos no ano que está terminando: lançou um DVD e teve duas indicações ao Grammy latino. Se 2009 foi o ano do estouro de “Shimbalaiê”, 2010 parece ter sido um momento de afirmação no cenário musical, embora ela própria, no estilo desencanado, não costume raciocinar assim.
“É ano que entra, ano que sai. As coisas foram acontecendo para mim”, diz, sem pressa de um segundo disco de estúdio — fez, em média, doze shows por mês neste ano. Embora tenha sido praticamente adotada pelos cariocas, Maria Gadú se declara “paulistaníssima” e, mais do que isso, alguém do bairro da Vila Mariana. “Dá tudo certo por lá.” Antigamente, ela ficava na casa de amigos ou do pai quando vinha a São Paulo. Agora, tem um flat alugado. Onde? “Na Vila Mariana”, conta, entre risos.