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Ministério Público apura desvio de cocaína do Denarc

O agente Bruno Luiz Soares Figueiredo repassava informações de operações do departamento a traficantes na Cracolândia, no centro

Por Estadão Conteúdo
3 jul 2017, 08h43
Denarc: agente usava produtos de limpeza de piscinas para substituir a cocaína apreendida e encomendava lacres falsos para substituir os verdadeiros (Foto: Fernando Neves/Futura Press/Folhapress/Veja SP)
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O Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo está investigando um esquema em que cocaína apreendida pelo Departamento Estadual de Prevenção e Combate ao Narcotráfico (Denarc), da Polícia Civil, estava sendo desviada de dentro do seu cofre, na sede localizada no Bom Retiro, região central. As informações são do Fantástico, da TV Globo.

O responsável pela troca, que pode ter atingido até uma tonelada da droga, seria o agente Bruno Luiz Soares Figueiredo, que foi preso e flagrado ainda repassando informações de operações do departamento a traficantes na Cracolândia, no centro. Em 5 de agosto de 2016, uma operação do Denarc resultou na prisão de 32 pessoas. Para o MPE, a ação poderia ter sido melhor desempenhada não fosse o vazamento. Ao Fantástico, a defesa de Figueiredo negou o crime.

Um outro policial, cuja identificação não foi revelada, atuava para auxiliar no suposto esquema. O Ministério Público realizou operação na semana passada – que incluiu a inspeção no cofre do Denarc.

Interceptações telefônicas mostraram que Figueiredo usava produtos de limpeza de piscinas para substituir a cocaína apreendida e encomendava lacres falsos para substituir os verdadeiros, que deveriam ser mantidos até a ordem de destruição do material.

O Estado não conseguiu contato com o MPE na noite de domingo. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse não tolerar “desvios de conduta e todo agente que comprovadamente se envolve com ilícitos é exemplarmente punido”.

De acordo com a secretaria, o Denarc tem adotado “medidas visando a dar transparência em suas atividades, como a instalação de dez câmeras de monitoramento”. A pasta disse ainda que a “pretensa substituição” não foi comprovada depois de análise das câmeras de monitoramento instaladas no cofre.

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