Morte em Interlagos: empresário pode não ter chegado até carro, diz delegada
Laudo revelou que causa da morte foi asfixia e que sangue no veículo pode ter sido de outra ocasião

O laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou que a causa da morte do empresário Adalberto Amarillo Júnior, de 35 anos, em Interlagos, no dia 30 de maio, foi asfixia. Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), a natureza do inquérito foi alterada para homicídio após a conclusão do inquérito.
De acordo com a diretora do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), Ivalda Aleixo, as investigações trabalham com a hipótese de o empresário nem ter conseguido chegar ao carro que estava estacionado perto do local onde o corpo foi encontrado.
“Tudo indica que ele não chegou ao carro. O sangue no carro pode ser de dias antes. A chave do carro estava em um bolso dele, de difícil acesso no corpo. É estranho não tirarem a chave, eles podiam ter levado o carro”, disse ao “SP1”, da Globo, a delegada.
Golpe
Na semana passada, a delegada deu entrevista ao mesmo telejornal após os investigadores ouvirem cinco seguranças no Autódromo e chegarem à conclusão de que Adalberto poderia ter recebido um mata-leão (golpe dado por trás da pessoa) de um segurança e sofreu uma compressão toráxica, o que poderia ter causado sua morte.
Cerca de 180 seguranças trabalhavam no Autódromo na ocasião da morte, se dividindo entre o evento de motos, do qual Adalberto participou, o Autódromo em si e o kartódromo.
O que se sabe sobre o caso
- Empresário sumiu após participar de evento sobre motos em Interlagos na sexta (30)
- O carro da vítima havia sido encontrado antes sem sinais de danos no sábado (31)
- A família buscou ajuda nas redes sociais na manhã de domingo (1º)
- O corpo do empresário na manhã de terça-feira (3) em uma área de obras no Autódromo de Interlagos. Ele estava dentro de um buraco
- O DHPP começa as investigações
- Departamento conclui que corpo foi colocado em buraco
- No último sábado (7) a polícia descobriu vestígios de sangue no veículo.
- DHPP ouve os seguranças na terça-feira (10) e começa considerar nova hipótese para o crime.