Vai se mudar durante a pandemia? Confira dicas para se proteger da Covid
Para realizar a mudança de endereço com segurança, cuidados com a higiene e com o planejamento aliviam os riscos e imprevistos possíveis com o coronavírus
Serviço completo
O cronograma das empresas de mudança mudou com a pandemia. Menos funcionários e mais dias de serviço trarão mais trabalho (e exigirão mais paciência) na hora de trocar de endereço. Avalie mais de uma opção antes de contratar, tenha em mente a possibilidade de imprevistos e reserve várias horas do dia para organizar todos os processos. Podem surgir emergências, como a luz e a internet que ainda não foram ligadas no novo lar ou a chave do imóvel que não será entregue na data prevista. Tenha sempre um plano B, como um parente que possa abrigá-lo e o contato de um depósito para receber toda a mobília.
Doações e compras
Aproveite o momento da organização para se desapegar das peças que não usa mais. Se planeja doar itens como roupas, lençóis, móveis e produtos não perecíveis, entre em contato com a associação de caridade para a qual gostaria de entregá-los e confira quais são suas regras e horários. No caso dos suprimentos que serão usados na mudança, compre tudo de uma vez para não fazer várias viagens — para isso, crie uma lista com tudo o que vai precisar: produtos de limpeza, caixas, plástico-bolha, lâmpadas e outros utensílios essenciais para o novo lar.
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Os primeiros cômodos
Alguns espaços são mais fáceis de “empacotar”, como os quartos e banheiros. “Separe tudo por cômodos e tipos: documentos, roupas, sapatos, tudo em caixas diferentes e com identificação para poder acondicionar tudo no ambiente correto depois”, sugere Renato Ortega, da Lord Mudanças. “O melhor é começar pelos itens menos essenciais e deixar os de uso cotidiano por último”, diz Aram Apovian, CEO da aMORA. “Ao tirar tudo das caixas na casa nova, faça justamente o contrário: comece com os objetos básicos, depois as roupas e por último a decoração.”
No transporte
Caixas novas ou que já estavam guardadas em casa são mais seguras. Como o coronavírus pode sobreviver em pedaços de papelão por até 24 horas, é melhor que elas nunca tenham sido usadas. As de plástico, se forem bem higienizadas, também são uma opção. “A plástica é retornável e se torna um meio de locomoção do vírus, mas a de papelão é descartável”, defende Luciano Souza, gerente administrativo da Transpenha Mudanças e Transporte. “Muitos alugam caixas também. Antes da pandemia, tínhamos funcionários para embalar tudo para o cliente e agora enviamos as embalagens para ele próprio guardar os itens de uso mais pessoal”, acrescenta Renato Ortega.
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Hora do planejamento
“Toda mudança gera stress, com a pandemia é pior ainda”, diz Aram Apovian. “Considere com antecedência todos os protocolos, horários e formatos do condomínio e da empresa responsável pela mudança.” Se tiver sintomas de Covid-19 perto da data, entre em contato com o prestador de serviços e considere adiar o deslocamento. Se o local for alugado, converse com o proprietário sobre a maneira mais segura de devolver as chaves.
Foco na higiene
A regra já é velha, mas vale ressaltar: “Em nenhum momento se pode ficar sem a máscara de proteção”, diz Luciano Souza. “Todos os cuidados essenciais continuam válidos, com distanciamento e uso de álcool em gel.” Lembre-se de deixar os produtos de higiene fora das caixas para que todos possam usá-los durante o trabalho, incluindo itens como papel-toalha e sabão. Luvas e botas não são necessárias. “Além de aumentar o risco de escorregar, quem tiver contato com objetos contaminados não estará seguro.”
Aviso prévio
Antes do dia da mudança, avise ao síndico e vizinhos próximos e confira as regras do condomínio. “Muitos têm restringido a quantidade de pessoas que podem circular durante o processo e as mudanças que fazíamos em três dias hoje levam cinco”, conta Renato Ortega, gerente comercial da Lord Mudanças. Para evitar aglomerações, alguns locais fazem reservas para o uso do elevador de serviço. Se precisar de ajuda, escolha no máximo um parente ou amigo. “Crianças e mais velhos nem pensar. Se o cliente tem a idade elevada, pedimos a ele que selecione um representante para acompanhar tudo.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 25 de agosto de 2021, edição nº 2752