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DJ E-Cologyk e trio Pollo trazem sangue novo às pistas paulistanas

Com pouca idade e muita criatividade, jovens conquistam milhares de fãs na web e já despontam em festivais pelo país

Por Redação VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 1 jun 2017, 17h50 - Publicado em 15 fev 2013, 21h19
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Pouca idade, gosto pela música, uma curiosidade inata e o dado fundamental de ser da geração já nascida na era da internet. Estas são algumas semelhanças que unem o DJ de house E-Cologyk e o trio de rap Pollo, que começam a tocar em rádios e a conquistar pistas de baladas em São Paulo e outros estados.

Fenômeno típico dos novos ídolos jovens, Adriel de Menezes, 21 anos, Luiz Tomim, 20, e Kalfani, 16, que formam o Pollo, só passaram a assinar com uma produtora para cuidar da agenda em dezembro, quando já acumulavam mais de 50 mil fãs no Facebook e tocavam em pequenas casas após postar alguns de seus vídeos no YouTube.

Os três se preparam para pegar um voo para o Rio Grande do Sul, onde se apresentariam no festival Planeta Atlântida, quando chegam, com meia hora de atraso e entre muitas risadas, para a entrevista. “Agora eles melhoraram. Antes, eu ligava para saber onde estavam e eles simplesmente tinham esquecido o compromisso”, conta o produtor Rafael Melo, que fica grudado no grupo.

Adriel e Tomim estudavam juntos desde os sete anos de idade e entre a escola e partidas de vídeo-game, faziam rimas e mostravam para os amigos. O estilo, como eles definiram, era o mesmo dos Mamonas Assassinas: “só bobagens para dar risada”. Um dia, os dois apareceram com a música Trama, que falava sobre relacionamentos. Decidiram entrar no estúdio e gravar. Virou hit.

O passo seguinte era fazer o clipe. O vídeo alcançou o primeiro lugar em visualização no YouTube no Brasil em menos de duas semanas. Começaram então a surgir os pedidos de show.  “Chamaram a gente para tocar na Vila Olímpia. Levamos 600 pessoas, contando mãe, namorada, amigo de amigo”, diverte-se Adriel, citando o bairro conhecido pelas baladas de endinheirados. O cachê? Duas garrafas de vodca.

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Alguns pockets shows pela Vila Madalena e vários calotes depois, a dupla lançou a faixa Pirituba City, também via web. Foi quando Kalfani, integrante mais novo e filho de KL Jay, dos Racionais MC’s, se juntou à dupla. Ao fazer uma crítica no vídeo postado, ele foi procurado por Adriel e o que poderia ter acabado em confusão, resultou na entrada do jovem como DJ do grupo.  

O trio se formou e os meninos caíram na estrada. Em dezembro passado, assinaram com a produtora e passaram a se preocupar apenas com as músicas. “Não fazemos mais o trabalho chato. Mas está demorando a cair a ficha de que tudo isso está acontecendo”, conta Adriel. Com participações do Verão MTV, os três seguem com shows pelo sul do país e matinês em São Paulo e tem gravação agendada na Globo. “A gente vai conquistar o mundo”, brinca.

Assista ao clipe de Vagalume:

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Agora sou negociado

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Foi durante uma aula na faculdade de produção musical que Paulo Henrique Castro, o E-Cologyk, recebeu pelo celular o convite para tocar em uma das baladas mais tradicionais de música eletrônica da cidade, a Clash, na Barra Funda. Ele tinha acabado de completar 18 anos, mas mesmo se não tivesse na maioridade, Paulo já estava acostumado a entrar nas casas noturnas onde era proibido. “Algumas vezes, meu pai ia comigo, outras eu tinha que explicar que era o DJ da festa”, lembra.

A ligação era de Marcelo Arditti, sócio da Entourage, uma das maiores agências de DJs do país. E além da festa, E-Cologyk acabou recebendo outro convite: fazer parte do portfólio da agência. Quem o indicou foi o DJ Alex Mind, também do catálogo da empresa. “Fui atrás de dicas e comecei a mandar meu material para ele”, conta o novato. As produções chamaram atenção de Mind, que o indicou para a noite na Clash.

Assim como muitos adolescentes, ele ouvia música eletrônica nas matinês que frequentava em Guarulhos, onde vive. “Baixei um programa bem básico para aprender”, contou. Ninguém na família levava a sério. Nem mesmo o pai, Julio, que o acompanhava nas festas e foi alertado por um professor do garoto que ele levava jeito.

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A balada de estreia foi uma matinê, na presença dos amigos. Tímido, quase não subiu na cabine. “Quando entrei, todo mundo sumiu pra mim. Não errei nada, mas fiquei nervoso”.  Uma festa levou a outra e ele, então, decidiu o que queria fazer da vida. 

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Passou na faculdade de produção musical, contra a vontade dos pais, e começou a divulgar as músicas na internet. Ousado, não hesitava em mandar suas criações para gravadoras de fora do país. “Umas não me respondiam, outras explicavam o que eu precisava melhorar”, diz.  E ainda tinha aquelas que topavam comprar e disponibilizar na web. Hoje, já são 50 produções vendidas em pelos menos 20 selos internacionais. Também lá fora, conseguiu contatos com diversos DJs para produzirem músicas juntos. “Eu mandava parte dela e eles teminavam. E assim, a gente ia trocando experiências”, diz.

Na sua casa, apenas o básico para produzir. Ganhou os monitores de áudio em um concurso de remix, o computador, usado, foi comprado de um amigo e o teclado foi presente do pai.  Mas agora, o plano é melhorar. “Consegui um patrocínio de uma marca mexicana que vai me mandar camisetas e estou na agência. Sou negociado a R$ 2.500,00 por festa”, diz, orgulhoso, lembrando que antes o cachê mal cobria os custos para ir ao evento.

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Agora formado, E-Cologyk consegue dedicar seu tempo apenas à música. “Fico o dia inteiro mexendo, pesquisando. Sei que ainda tenho que melhorar muito”, conta. Nas pick-ups, quando ensaia com o aparelho emprestado do amigo, ele se dedica a electro house, glitch hop e dubstep, alguns de seus estilos preferidos. Mas isso quando a nova agenda atribulada deixa. Nas próximas semanas, o jovem cruza o país para tocar de Rondônia ao Rio Grande do Sul. Além disso, também está no line-up do badalado  Kaballah Circus Festival.

Ouça algumas das faixas produzidas por E-Cologyk

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