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“O sentimento é de revolta”, afirma filha de vítima da Covid-19 em ato

Parentes e amigos realizaram uma manifestação na Avenida Paulista, neste domingo (23)

Por Gabriela Amorim
Atualizado em 24 out 2022, 09h57 - Publicado em 23 out 2022, 17h58
Painel branco com mensagens escritas em vermelho
Painel se encheu de centenas de corações acompanhados de mensagens de parentes e amigos (Rogério Assis/Divulgação)
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Um painel memorial em branco, de 20 metros de comprimento, foi colocado neste domingo (23) na Avenida Paulista, em São Paulo. O ponto de encontro se deu ao lado da FIESP, na altura do número 1.400, com inicio previsto para às 14 horas. A motivação do ato foi reunir mensagens de amigos e parentes para as vítimas de Covid-19, que totalizam 687.665 vidas perdidas no Brasil. 

A ação foi proposta pela Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico) e pelo projeto de produção audiovisual “Eles poderiam estar vivos”, que pretende se tornar um projeto permanente de produção audiovisual para a memória das vítimas da pandemia.

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Karine Ferreira, 35, foi uma das pessoas presentes no ato desta tarde. À Vejinha, disse: “Perdi minha mãe para a Covid-19 no dia 30 de março de 2021. Ela morava em Fortaleza (CE) e na época a vacina ainda não tinha chegado pra ela. Dois meses depois, em maio, perdi minha avó, também para a Covid”.

A Avico foi fundada em abril de 2021 em Porto Alegre por Paola Falceta, assistente social, e pelo advogado Gustavo Bernardes. A iniciativa contou com o apoio da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e das Organizações Indígenas da Região Sudeste do Brasil (Arpin-Sudeste). 

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O ato teve flores deixadas no espaço e duras críticas à condução do governo do atual presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), que declarou, em outubro de 2021, à radio Jovem Pan, que não iria se vacinar contra a Covid-19.

“Um governo que debochou das mortes, que deixou seu povo morrer sem oxigênio. Minha mãe poderia estar viva, poderia estar aqui comigo. O sentimento é de revolta, frustração e impotência. Perder a mãe por negligência do governo é um sentimento horrível e uma dor que não tem cura. O direito de viver foi tirado de minha mãe”, finaliza Ferreira em depoimento.

O Brasil registrou, no sábado (22), 84 mortes por Covid-19 e 6.742 casos da doença. O Brasil chegou a 34.828.916 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.

 

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