Perdizes se moderniza em busca de mais qualidade de vida
Transformações urbanas do bairro em cultura, lazer e arquitetura tornam a região uma das melhores para se morar
Um dos bairros mais valorizados da zona oeste de São Paulo, Perdizes tem um pouco de tudo e, ao mesmo tempo, cultiva uma calmaria única na metrópole. O charme das praças, do pequeno comércio e da vida tranquila o torna um dos mais tradicionais da cidade. De restaurantes de chefs renomados a feirinha de orgânicos, de megaexposições culturais à boemia noturna, a região tem se transformado com o movimento engajado de moradores e comerciantes por mais qualidade de vida.
A Horta da Vila Pompeia e a Praça da Nascente são exemplos dessa nova dinâmica: os próprios moradores cuidam do espaço público e até fazem aulas de tai chi chuan na praça. Confira algumas das transformações urbanas que trazem mais qualidade de vida para Perdizes.
Cultura, lazer e áreas verdes
Em 2017, foi inaugurada na região uma galeria de arte com ares de centro cultural: a Adelina Galeria. Outra boa opção, além dos teatros Tuca e Tucarena, é o Sesc Pompeia, que oferece vasta programação cultural durante o ano todo. Vale dizer que a sede do grupo paulistano Trovadores Urbanos, que mistura teatro, música e poesia à moda antiga, foi instalada no bairro.
Também fica em Perdizes a matriz do restaurante criativo – e barato! – Petí Gastronomia. O menu completo do chef Victor Dimitrow sai por 43,50 reais. Fãs de vinho encontram na entrada do restaurante Ecully, dos chefs Juliana Amorim e Guilherme Tse Candido, uma loja completa para escolher os rótulos e harmonizar as refeições.
Os adeptos de um estilo de vida mais saudável são bem representados pela maior e mais antiga feira de produtos orgânicos da cidade, no Parque da Água Branca, às terças, sábados e domingos. Quem gosta de pedalar ao ar livre também encontra 3 quilômetros de ciclovia bem sinalizada no bairro, na Avenida Sumaré.
Arquitetura autoral
Novas lojas, prédios e espaços descolados chegaram com propostas mais ousadas a Perdizes, sem desconsiderar a história, a personalidade e o que o bairro já tinha de bom. Um exemplo desse novo movimento é a arquitetura autoral, um estilo que já conquistou cidades do mundo todo e tem ganhado espaço em São Paulo. Com ela, arquitetos e urbanistas colaboram para a qualidade de vida dos moradores ao mesmo tempo que criam empreendimentos únicos e modernos.
“As pessoas estão preocupadas em morar em espaços agradáveis. Já que vão investir em um imóvel, não querem viver em um prédio padronizado, que não leva o entorno em conta”, diz Fernando Forte, arquiteto do escritório FGMF, responsável por projetos diferenciados, como a Japan House e o edifício Aruá, em Perdizes. Construído em parceria com a Idea!Zarvos, o Aruá tem entre 136 e 571 metros quadrados, com lazer completo.
Personalizado para o terreno em que está localizado, na Rua Cajaíba, o Aruá possui quatro blocos diferentes em um só prédio, seguindo um sistema de encaixe em espiral. “O resultado é um jogo de volumes que configura o espaço público e cria uma experiência visual única. Essa estrutura também proporcionou terraços inusitados, coberturas em vários níveis e apartamentos com jeito de casa, mas com vista privilegiada”, conclui Forte.