PF faz operação contra comércio irregular de anabolizante
Maior parte da operação ocorre em São Paulo; até o momento, dezoito pessoas foram presas
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (23) uma operação contra o comércio irregular de anabolizantes e medicamentos anorexígenos em seis estados do país. Segundo a polícia, o objetivo é desarticular três grandes organizações criminosas de São Paulo que movimentam, ao mês, 2 milhões de reais.
A maior parte da operação da PF ocorre em São Paulo onde, no momento, há o cumprimento de 25 mandados de prisão e 54 de busca. Outros cinco mandados de prisão e 21 de busca foram direcionados ao Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Segundo a PF, há também indícios de falsificação e comercialização de medicamentos, como hormônios de crescimento, e a participação de pelo menos dez servidores de órgãos de segurança como policiais federais, civis e militares no esquema. Nove deles são de São Paulo e um do Paraná. As identidades não foram reveladas pela corporação.
“Os crimes investigados hoje são de contrabando, falsificação de medicamentos, crime de corrupção passiva e ativa, concussão, formação de organização criminosa e crime de tráfico de drogas”, disse Sérgio Busato, delegado Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado, durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta (23).
Durante a operação chamada Proteína, foi encontrado um laboratório onde criminosos manipulavam medicamentos em São Paulo, segundo o superintendente da PF no Rio Grande do Sul, Ricardo Saadi. Também foi encontrado dinheiro em espécie e uma grande quantidade de remédios, que foi encaminhada à perícia.
Segundo a PF, a operação começou em julho de 2016 com base em informações que indicavam o comércio irregular em academias, lojas de suplementos alimentares e por pessoas no município de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
As investigações demonstraram que uma parcela do anabolizante irregular vinha dessas organizações criminosas de São Paulo que, segundo a PF, eram responsáveis pela importação de medicamentos no Paraguai, Argentina, Índia e em outros países, e por sua distribuição em diversos estados brasileiros sem o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).