Polícia investiga mãe de jovem morto após comer bolinho envenenado
A mãe de Lucas da Silva Santos é investigada pela compra do chumbinho presente no alimento. O padrasto do jovem confessou o crime e está preso

A mãe de Lucas da Silva Santos, jovem de 19 anos morto no último domingo (20) após ingerir um bolinho de mandioca envenenado em São Bernardo do Campo, passou a ser investigada pela Polícia Civil.
Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a mulher comprou o chumbinho presente no alimento a pedido de Ademilson Ferreira dos Santos, padrasto de Lucas, que confessou o crime e está preso. No entanto, não há evidências de que ela soubesse dos planos criminosos do companheiro.
A SSP-SP também informou que o homem responsável por vender a substância sem qualquer autorização dos órgãos competentes foi preso em flagrante no dia 17 de julho, mas já foi liberado. O caso segue sendo investigado pelo 8° Distrito Policial do município.
Entenda o caso
No último dia 11 de julho, Lucas passou mal após comer um pedaço de bolinho de mandioca, supostamente envenenado com chumbinho, veneno geralmente utilizado para matar ratos. Após apresentar sintomas de intoxicação alimentar, ele foi levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, depois, transferido para o Hospital de Urgências de São Bernardo.
O jovem ficou internado por dez dias em estado grave na Unidade de Terapia-Intensiva (UTI) e morreu neste domingo (20), após uma piora neurológica que evoluiu para morte encefálica.
De acordo com o boletim de ocorrência, o bolinho foi enviado pela tia de Lucas para a família. Inicialmente suspeita, ela foi interrogada, porém negou a acusação de envenenamento. O padrasto, então, passou a ser o principal suspeito após apresentar inconsistências no depoimento. Preso desde o dia 16 de julho, Ademilson confessou que envenenou os bolinhos ingeridos pelo enteado.