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Um ano depois de inaugurada, Praça Roosevelt não está pronta

Moradores esperam entrega de base da Polícia Militar, além de ocupação dos quiosques e adaptações para skatistas

Por Juliana Deodoro
Atualizado em 5 dez 2016, 15h37 - Publicado em 30 set 2013, 17h54
praça roosevelt moradoras
praça roosevelt moradoras (Juliana Deodoro/)
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Um ano após ser inaugurada às pressas pelo então prefeito Gilberto Kassab, em 29 de setembro de 2012, a Praça Roosevelt, no centro da capital, ainda não foi totalmente entregue à população. A base da Polícia Militar, prevista no projeto, está vazia, assim como os quiosques que seriam ocupados por vendedores de flores. O estacionamento público subterrâneo deve ficar pronto apenas em 2014 e intervenções prometidas aos skatistas também só constam no papel.

O presidente da Ação Local da Praça Roosevelt, Jader Nicolau Jr., faz uma balanço entre antes e depois da reforma, que custou 55 milhões de reais aos cofres públicos, e diz que ainda não há melhoras. “Trouxe mais problemas do que benefícios. Nós, como moradores, solicitamos veementemente que algumas coisas fossem corrigidas no projeto”, diz. Sua opinião, no entanto, não é uma unanimidade. “A praça estava abandonada. Não está do jeito que a gente quer, mas está melhor. Só precisa organizar um pouco”, afirma Mariângela Silva, comerciante que mora nos arredores. 

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Além da base da polícia e do estacionamento, a Ação Local pede que o cachorródromo e o playground sejam cercados, o banheiro público reformado e que haja mais policiamento para evitar o uso de drogas e furtos. “Tememos que a praça se torne um local abandonado e não seja mais a menina dos olhos da cidade. Tem tudo para ser uma praça cultural, com atividades que envolvam escolas e a comunidade”, diz Jader Jr. 

Desde que foi reinaugurada, diversos grupos se reúnem por lá e os imóveis foram valorizados, o que se viu no preço deles. “A reforma trouxe jovens e crianças para a praça. Me surpreendi ao descobrir que tinha tanta criança morando no centro da cidade”, conta Hugo Possolo, do grupo Parlapatões, com sede na Roosevelt. “Depois da inauguração tivemos um aumento de cerca de 20% no fluxo de público, o que em números absolutos é bastante significativo.”

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Skate

A maior polêmica da praça foi a relação entre moradores e skatistas. Para tentar solucionar os conflitos na divisão do espaço, a subprefeitura da Sé instalou placas educativas delimitando o espaço dos skatistas e determinou um horário para a prática do esporte. “Conseguimos um acordo com os skatistas que foi importante, mas ainda não foi completamente implementado”, afirma o presidente da Ação Local.

Em janeiro, a subprefeitura prometeu fazer adaptações no espaço que fica próximo à Rua da Consolação, mas nenhuma obra começou ainda. “A Subprefeitura da Sé está dialogando com os skatistas da região para definir novas adaptações na praça e o uso dos quiosques está sendo reavaliado”, afirmou em nota, a Prefeitura de São Paulo. Enquanto as reformas não são feitas, a Guarda Civil Metropolitana, que tem uma base por lá, nada pode fazer para impedir que os skatistas utilizem espaços proibidos.

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Violência

Outra questão que tem preocupado os moradores é a violência. Ao comparar o perído de janeiro a agosto de 2012 (antes da inauguração) e o mesmo período em 2013 (depois da reforma), o número de roubos registrados no 4º. Distrito Policial, responsável pela área, cresceu 64%. Já os furtos aumentaram em 38,8%.”Não tem policiamento suficiente. Os guardas não podem fazer muita coisa e a base da polícia não foi inaugurada”, afirma a desenhista e moradora Socorro Alves Lima.

 

O delegado titular do 4º. DP, José Gonzaga Marques, diz que os dados não se referem somente à Praça, mas existe um acréscimo da criminalidade em toda a região. “Sem dúvida, a Roosevelt tem sido um ponto complicado para nós. São crimes onde não há violência física, praticado por pessoas muito jovens e moradores da região central.” Há cerca de duas semanas, em uma operação no local, a Polícia Civil deteve vinte suspeitos de praticar assaltos. “Fizemos um banco de dados e comprovamos que muitos deles eram culpados. A maioria, no entanto, era de menores de idade”, explica o delegado. 

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Prefeitura

Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirma que a reforma da garagem não havia sido contratada originalmente. O estacionamento está sendo feito e deve ser entregue no ano que vem.  “O prédio da Base da Polícia Militar foi concluído, mas como houve modificações a pedido da Polícia Militar, os itens do novo projeto serão licitados e executados em outro contrato. A Prefeitura está em tratativas com a Polícia Militar para definir a data de execução deste novo projeto.”

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