Reunião de transição entre Tarcísio e Rodrigo debate questão fiscal
Governador eleito voltou a ressaltar que escolherá nomes técnicos para compor o seu secretariado; transição poderá abrigar deputados e também executivos
Na primeira reunião de transição entre as equipes do governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o atual, Rodrigo Garcia (PSDB), nesta quinta-feira (17), foi apresentado um relatório fiscal e os investimentos em andamento no estado de São Paulo. Segundo Garcia, as contas do governo estadual estão “no azul”, e o estado deixará 30 bilhões em caixa para a próxima gestão. Além de Tarcísio e Rodrigo, participaram da reunião várias outras pessoas, entre eles o vice-governador eleito Felício Ramuth (PSD), os coordenadores da transição, Guilherme Afif Domingos (Tarcísio) e o secretário de gestão Marcos Penido, nomeado por Rodrigo para o trabalho.
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Ficou definido que a partir da próxima segunda-feira (21), as equipes irão ocupar o Edifício Cidade 1, na rua Boa Vista, na região central da capital, quando os trabalhos de fato terão início. Além dos integrantes da equipe de Tarcísio, o local também receberá os atuais secretários da gestão de Rodrigo. Internamente, a equipe de Tarcísio vem se reunindo desde a última quarta-feira (16) num hotel da Zona Sul da capital.
Tarcísio afirmou que a reunião foi fundamental para que possam ser feitos ajustes no Orçamento de 2023. Entre os temas que preocupam a nova gestão está o impacto nas contas do governo estadual de três itens: a alíquota do imposto sobre serviços, o ICMS, o reajuste dos pedágios das concessões rodoviárias que ficaram congelados neste ano, e ainda o fim da desconto previdenciário dos servidores inativos. Questionado quanto esses itens representam de queda na receita, Penido disse que eles ainda serão alvo de análise da equipe do governador eleito. Afif, por sua vez, afirmou que ainda não analisou as contas.
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Um outro tema que pode gerar queda na receita está é o relacionado a proposta de reajuste de até 50% do salário do futuro governador, vice e secretários, que deve gerar um efeito em cascata na folha de pagamento de todo o funcionalismo. Tarcísio não disse ser contrário à medida, porém, ela ainda será alvo de análise. “Existe a necessidade de recuperar o poder de compra e carreiras que precisam de recomposição. Vamos discutir”, afirmou.
Gestão técnica
Tarcísio disse que a partir da próxima semana serão definidos eixos temáticos. Sem citar nomes, afirmou que muitas pessoas sondadas para fazer parte das discussões atuam em empresas, inclusive algumas listadas na bolsa de valores. Ele não descartou que deputados estaduais ou federais possam vir a fazer parte das equipes. Entretanto, ressaltou que o anúncio dos nomes não implicava em confirmar que alguns deles seriam secretários ou não de sua gestão.
Assim como vem afirmando desde a campanha eleitoral, ele reafirmou que os nomes que virão a integrar a sua futura gestão serão técnicos. “Será uma gestão absolutamente técnica, não vamos nos distanciar disso”, disse.