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A rua mais cara de São Paulo tem apartamentos de até R$ 30 milhões

Levantamento feito pela plataforma imobiliária Loft mostra que o preço do metro quadrado em vias próximas pode variar até 30%; confira a lista

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 19h06 - Publicado em 3 dez 2021, 06h00
Imagem mostra placa de rua escrita "Rua Seridó" com prédios ao fundo.
Rua Seridó: imóveis a 30 milhões de reais. (Leo Martins/Veja SP)
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Localizada a poucos passos da Marginal Pinheiros e do Esporte Clube Pinheiros, a Rua Seridó, no Jardim Europa, com cerca de 200 metros de extensão, ostenta a marca de via mais cara da metrópole.

Ali, um apartamento de 500 metros quadrados, cinco quartos, sete banheiros, adega, além de uma vista “infinita” para o JockeyClub e para o arborizado bairro do Morumbi, ambos do outro lado do Rio Pinheiros, não sai por menos de 20 milhões de reais. Há unidades à venda por até 30 milhões de reais.

No pedaço, os custos com cotas condominiais e IPTU passam dos 10.000 reais por mês. Em média, o valor do metro quadrado dos apartamentos da Seridó é de 35.000 reais. Nenhum outro logradouro da capital possui tanta valorização.

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Na sequência, aparecem a Praça Pereira Coutinho, na Vila Nova Conceição (27.843 reais o metro quadrado), e a Rua Frederic Chopin, vizinha à Seridó (26.762 reais). Completam o TOP 5 a Rua Domingos Fernandes (20.489 reais) e a Avenida Hélio Pellegrino (19.618), ambas próximas do Parque Ibirapuera.

Imagem mostra rua privada de condomínio com prédios ao fundo.
Rua Frederic Chopin: preço “mais em conta” que na vizinha campeã. (Leo Martins/Veja SP)

O levantamento foi feito pela plataforma imobiliária Loft, a pedido da Vejinha, com base em mais de 13.000 transações concretizadas e registradas em cartórios de imóveis da capital paulista, entre 2018 e 2021.

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O estudo, que abrange 41 bairros e ruas de uso residencial e misto, leva em conta negócios fechados com ou sem a participação da startup. Confira abaixo o quadro com as ruas mais valorizadas de São Paulo.

ruas mais caras 1
(Imobiliária Loft/Reprodução)

O que explica uma diferença de preços de mais de 30% em vias muito próximas e de padrões parecidos, como Seridó e Frederic Chopin? Um outro exemplo da discrepância de valores em ruas da redondeza está na Tucumã, vizinha das duas. Por ali, o valor do metro quadrado é de 18.354 reais, quase a metade do pedido na “campeã”.

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A uniformidade da via é um dos motivos para a definição da precificação de um apartamento. “Se o local tem só prédios muito premium, mais novos, área com toda infraestrutura, a média acaba sendo mais elevada”, afirma Marcio Reis, vice-presidente de produtos da Loft. “Se tem uma rua onde há alguns prédios mais premium, mas outros mais simples, ou mais antigos, o valor é mais baixo.”

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Imagem mostra calçada com rua e prédios ao fundo. Na calçada, árvores e uma mulher levando seu cachorro para passear
Praça Pereira Coutinho:
proximidade com Ibirapuera
influencia no preço. (Leo Martins/Veja SP)

Outras questões que influenciam na definição do preço de uma unidade habitacional envolvem índices de segurança, oferta de serviços, lazer e transporte, além de disposição do bairro na cidade e oferta de amenidades e serviços no condomínio.

A grande diferença de valor para apartamentos do mesmo padrão entre ruas próximas pode ser uma boa notícia para quem busca uma região que mais lhe agrade. “Se tem uma área de que você goste, a dica é não se apegar a ruas específicas. E se conseguir abrir mais o raio de escolhas pode conseguir achar oportunidades interessantes”, aconselha Reis.

Imagem mostra rotatória com canteiro e plantas ao centro.
Rotatória verde na Vila Nova Conceição: intervenções que valorizam os imóveis. (Leo Martins/Veja SP)
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Se há distinções entre ruas tão próximas, o mesmo ocorre entre bairros vizinhos. Com quase o mesmo nome, Moema e Moema Pássaros possuem diferença significativa no valor do metro quadrado.

Na Pássaros (tem esse nome porque suas ruas possuem nomes de aves), localizada entre as Avenidas Santo Amaro e Ibirapuera, seu custo 10% mais elevado que na vizinha tem como justificativa a maior proximidade com o Parque Ibirapuera.

Imagem mostra tabela com bairros e os respectivos preços do metro quadrado.

Além de pesquisar ruas e bairros, os compradores não podem deixar de lado uma das práticas mais antigas do mercado de negociações: pechinchar. O estudo da Loft mostra que, em agosto passado, a diferença do que foi pedido nos anúncios e o que foi efetivamente fechado chegou a 30% em bairros como Vila Mariana, Vila Olímpia, Paraíso e Jardim Paulista.

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Publicado em VEJA São Paulo de 08 de dezembro de 2021, edição nº 2767

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