Veja curiosidades e destaques de Santana, na Zona Norte
O bairro reúne atrações como áreas verdes, importantes centros de compras e uma agitada vida noturna
O Boticário Acredite na Beleza: A imagem que abre esta matéria foi escolhida pelos leitores de VEJA SÃO PAULO para representar a beleza do bairro. Inspire-se nela e poste também suas fotos usando a hashtag #BelezaSantana
O gigante da Zona Norte
Idealizado ainda nos anos 60, mas fundado apenas duas décadas mais tarde, o Shopping Center Norte impressiona pelos números. Em média, 80 000 pessoas circulam diariamente pelas 331 lojas do complexo. Em datas comemorativas, esse público salta para 100 000. É lá que está sediado o restaurante Outback com o maior faturamento no mundo.
Ao longo dos anos, o negócio cresceu, e o centro de compras passou a fazer parte da Cidade Center Norte, área de 600 000 metros quadrados que reúne também o Lar Center, o centro de convenções Expo Center Norte e o Novotel São Paulo Center Norte. Confira abaixo algumas curiosidades do lugar.
Novas lojas. A Natura deve abrir uma loja até o fim do ano
Troca de guarda. A família Baumgart, dona do negócio, trouxe o CEO Waldir Chao em maio
C&A. A filial tornou-se a primeira loja-conceito da marca em São Paulo
Pais e filhos. Até o dia 15 de outubro funcionará por ali um parque de camas elásticas com capacidade para até trinta pessoas simultaneamente. Há também duas cestas de basquete e uma trave de futebol para incrementar a brincadeira nas dezenove plataformas emborrachadas
À moda germânica
Santana vai ganhar um novo toque europeu com a chegada da primeira edição paulistana da Oktoberfest. O festival regado a chope e cerveja estreia aqui no próximo dia 30 na Arena Anhembi, nos moldes da festa realizada desde 1810 em Munique. Além dos vários tipos de bebida, a programação inclui shows, comidas típicas e produtos vindos diretamente da Alemanha.
Haverá também um parque de diversões com chapéu mexicano, carrossel e uma roda-gigante de 20 metros de altura. Os ingressos custam no mínimo 100 reais e quem estiver usando trajes típicos ganhará 40% de desconto. O evento vai até 8 de outubro.
Vizinho verde
A cerca de 6 quilômetros do bairro, o Parque Estadual da Cantareira é muito utilizado pelos moradores. Não é por menos: considerado uma das maiores florestas urbanas do mundo, oferece 7 900 hectares de vegetação remanescente da Mata Atlântica.
É possível se aventurar nas doze trilhas, divididas em quatro núcleos. Há, por exemplo, um trajeto de 1,4 quilômetro exclusivo para praticantes de ciclismo. Outro bem mais complexo, de 9,6 quilômetros, termina em um mirante com uma bela vista panorâmica da capital, a 1 010 metros acima do nível do mar.
Quem prefere um passeio mais ameno pode aproveitar as áreas de piquenique e observar as espécies de aves e animais silvestres que circulam por ali. A entrada custa 13 reais.
Tradição boêmia
Os fundadores do Bar do Luiz Fernandes são considerados patrimônio histórico de Santana. Seu Luiz e dona Idalina abriram juntos o boteco mais famoso da Zona Norte nos anos 70, na Rua Augusto Tolle. Com o tempo, o ponto cresceu e tomou outros dois imóveis vizinhos.
Foram as receitas dela, como o bolinho de acém moído (5 reais), que fizeram a boa fama do local. Há também cerca de 55 opções de acepipes. A trajetória do casal inspirou outros empreendimentos no bairro. Conheça algumas das atrações da Avenida Luiz Dumont Villares, o novo reduto boêmio.
Adega Original. Tem chope Brahma e pedidas como calabresa de metro. Avenida Luiz Dumont Villares, 794.
North Beer. Serve pizzas e refeições completas. Avenida Luiz Dumont Villares, 1543.
Loirassa Bar. Informal, faz sucesso pelos bolinhos e pela picanha na chapa. Avenida Luiz Dumont Villares, 800.
Gillan’s Inn English Rock Bar. O bar tem atendimento bilíngue e shows de rock ao vivo todas as noites. Avenida Luiz Dumont Villares, 628.
Rivalidade histórica
Sediados em margens opostas do Tietê, o Clube Esperia e o Clube de Regatas Tietê eram rivais fervorosos numa época em que o rio ainda sediava grandes competições esportivas de remo e natação. Foi o Esperia que organizou a primeira regata realizada por aqui, no ano de 1903. Fundado quatro anos mais tarde, o Tietê logo ocupou o posto de seu arqui-inimigo na modalidade.
Nesse período, por exemplo, os remadores da agremiação mais nova costumavam comemorar suas vitórias com tiros de festim lançados de um pequeno canhão que ficava apontado para a sede do adversário. Por vezes, a vibração provocada pelo barulho era tão forte que chegava a quebrar os vidros do salão social do próprio clube.
Quando era o Esperia a vencer, um grupo de sócios se dirigia para a frente da sede dos vizinhos e bradava em coro: “Tó, banana!”, espécie de grito de guerra para comemorar as conquistas na água.