Continua após publicidade

Suspeita de surto de febre amarela aumenta procura por vacina

Infectologista garante que não há motivo para pânico

Por Mariana Gonzalez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 jan 2017, 18h27 - Publicado em 23 jan 2017, 18h26
Imagem em close de seringa de vacina.
OMS aprova autorização emergencial para vacina da Pfizer. (Reprodução/Veja SP)
Continua após publicidade

Clínicas de vacinação da capital têm notado que a procura pela vacina contra a febre amarela chegou a triplicar desde setembro do ano passado, quando começaram a surgir alertas sobre o suposto surto. A Sanofi Pasteur, empresa responsável por fornecer a vacina para as clínicas particulares, garante que a distribuição do medicamento está dentro do normal, mas clínicas como a Vacinarte, em Moema, e Provacina, na Mooca, também notaram alta na procura e não têm vacinas disponíveis.

“Como a febre amarela já não era mais comum no Brasil, as pessoas só procuravam a vacina quando iam viajar para lugares que apresentam riscos de infecção. Agora, elas estão com medo de contrair febre amarela aqui mesmo, no Brasil”, conta Simon Marinho, enfermeiro da clínica Clivan, que fica na Pompeia.

Segundo a infectologista Rosana Richtmann, do Hospital e Maternidade Santa Joana, não há motivo para pânico, especialmente em áreas urbanas. “O que está acontecendo é um surto silvestre de febre amarela, ou seja, um surto que se manifesta apenas em animais que circulam em matas e florestas”, explica.

“Os humanos que morreram infectados pela doença circularam por áreas de risco e lá contraíram o vírus. Não há surto na capital”, garante a especialista. “Mesmo um indivíduo que esteve em região de risco e contraiu o vírus é incapaz de transmitir febre amarela sem a participação de um vetor, que é o mosquito. Ou seja, a febre amarela não transmite de pessoa para pessoa, como as doenças contagiosas.”

Continua após a publicidade

A infectologista faz questão de destacar que perfis de pessoas que não devem tomar a vacina. “É importante conter essa procura elevada pela vacina, uma vez que há grupos que não podem ser medicados”, alerta. Ela cita, como exemplos, gestantes, mulheres que estão amamentando, crianças menores de seis meses e idosos.

Mortes do Estado – Nesta segunda (23), a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo confirmou três mortes por febre amarela silvestre, duas delas de vítimas que contraíram o vírus em território paulista (casos autóctones) e uma de um paciente que havia viajado para Minas Gerais, onde ocorre surto da doença. As duas mortes autóctones ocorreram nos municípios de Américo Brasiliense e Batatais, ambos no interior do Estado. São os primeiros casos de transmissão local da doença no ano. O outro óbito confirmado foi notificado em Santana de Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo, de um morador com histórico de viagem recente para Minas. Além das três mortes confirmadas, a secretaria investiga outros dez casos suspeitos da doença, dos quais três resultaram na morte das vítimas. Todos eles viajaram para Minas, segundo a secretaria (com Estadão Conteúdo).

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.