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Tatto diz que não vai rever trajeto de ciclovia na Zona Sul

De acordo com secretário de Transportes, ele não interfere na escolha dos locais onde são instaladas as faixas

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h03 - Publicado em 18 set 2015, 21h21
skate na ciclovia
skate na ciclovia (Marcelo DSants/Folhapress/)
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O secretário Municipal de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, afirmou nesta sexta-feira (18) que não vai rever o trajeto de uma ciclovia em Santo Amaro, na Zona Sul, que deixou de passar em frente a imóveis da sua família após ter o projeto original alterado. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Tatto disse não interferir na escolha dos locais com faixas exclusivas para bicicletas e que a implantação seguem critérios técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

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Segundo informou o jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira, a gestão Fernando Haddad (PT) abandonou o projeto, iniciado em 2006, de uma ciclovia de 2 quilômetros em linha reta para, em seu lugar, implantar um equipamento duas quadras abaixo, com remendos e curvas que obrigam o ciclista a pedalar em zigue-zague entre carros. A mudança, feita no ano passado, evitou que a ciclovia passasse por cinco imóveis de sobrinhos e irmãos de Jilmar Tatto, que acumula o cargo de presidente da CET.

Tatto, no entanto, nega que a troca tenha sido motivada por questões políticas e afirma desconhecer o projeto de 2006. “Eu nunca conversei com meus familiares sobre o assunto”, disse. Segundo o secretário, a ciclovia em Santo Amaro foi alterada por decisão da CET, para priorizar interligações com outros modais de transportes. “A mudança permitiu ligar a ciclovia com a estação Granja Julieta, da CPTM. Se fosse em linha reta, não seria possível”, afirmou. “O critério para a instalação foi técnico. Não vou rever o projeto por causa da matéria.”

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Ainda segundo Tatto, ele não é responsável por escolher os locais que recebem o equipamento. As decisões ficariam a cargo da equipe técnica da CET. “Eu só coordeno o trabalho. Eles não me perguntam onde pode e onde não pode construir”, explicou. Um dos argumentos do secretário de Transportes é que uma faixa para bicicletas foi instalada na frente do prédio onde mora, na Vila Mariana, também na zona sul. “Há mais de 200 moradores no prédio. Eu sou entusiasta da ciclovia, mas nem todos são. Tem gente que gostaria de estacionar o carro na frente, mas não pode”, disse. “Eu também não fui consultado pelos técnicos para instalar lá.”

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O argumento também foi usado pelo prefeito Fernando Haddad, após ser questionado sobre os critérios técnicos para a mudança no traçado da ciclovia em Santo Amaro. “Foi a mesma justificativa técnica para passar uma ciclovia na porta do secretário Tatto”, afirmou. “Não entendi a insinuação.” “A CET que toma esse tipo de decisão, jamais uma decisão como essa seria de natureza política até porque não se sustenta.”

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